quarta-feira, 31 de agosto de 2011

INVERNO EM AGOSTO, SERÁ ANÚNCIO DE INFERNO?


( Pego do Inferno)



O Inferno, por vezes, se apresenta lindo e sedutor, como o paradisíaco, selvagem, amável Pego do Inferno, em Tavira.


Todavia, a natureza ao fazer cair sobre este Portugal - minha Pátria e país que tanto amo - um inverno antecipado em Agosto, não estará a anunciar outro próximo Inferno, ou, simplesmente, não estará a dizer que a minha mãe-pátria, apesar de tão pequena, com dez milhões de concidadãos, afinal, não é mãe, mas sim uma coutada de coiotes, lobos, hidras de sete ou mais cabeças, hienas, com toda esta casta de bicharada incarnada em humana gente, nas pessoas de ditadores, inquisidores, dirigistas, controleiros do pensamento, divinos ministros vigilantes da moral e bons costumes que, por toda a parte e circunstâncias, procuram arrebanhar os incautos plebeus - que tanto amo e a tanto se submetem - para a todos nos sufocarem e, de um ou outro modo, simbólica ou efectivamente, nos matarem, se não como seres humanos, como concidadãos?


E, por falar de gentes desta, destes outrens (seguidores de perto ou à distância desse outrem eternamente presente nos nossos quotidianos - o totalitarismo, o absolutismo miguelista, a intolerância salazarista e o ódio dos matadores dos jacobinos, chefiados por padres das aldeias na guerra peninsular ), uma pergunta ingénua, mas será que se não houver financiamento externo, a economia portuguesa só pára para os pobres e desgraçados?


Se não, porque não pagam todos, e, mormente, porque desculpam o desleixo das finanças públicas na Madeira, para que D. Alberto João possa se manter no poder, com uma vergonhosa politica de insultos a toda a gente que pensa de modo diferente do seu e muita gestão danosa?


Contudo, o tumor maligno português não é só formado destes outrens, mas as suas metastases, com todos os seres satânicos acima evocados, que disfarçados de lobinhos ou cordeiros lá vão "chupando o sangue fresco" das manadas.


Um dia, já não na minha vida, nem da maioria das pessoas livres viventes, haverá, talvez, um Abril inteiro, não um ideal, não de santas e anjas, mas inteiro em liberdade - democracia, com democracia - dignidade e desenvolvimento. Um Abril mundial que, segundo a previsão de 300 sábios reunidos em Tóquio, nos idos 70, publicada nos cadernos o jornal século, devia já estar a acontecer, através de um governo mundial de sábios, mas assim não é, e o governo do Mundo é a imoral e desumana especulação financeira e militarista.




andrade da silva


PS: Passos Coelho diz todo satisfeito que o desvio de 500 milhões de euros da Madeira já estava a ser colmatado pelo reforço das medidas de austeridade, só que ainda não tinha dito aos portugueses e aos madeirenses que o penalização dos nossos rendimentos é para pagar os meros devaneios, ou, quiçá, o império económico de Jaime Ramos, secretário-geral do PSD/ Madeira

terça-feira, 30 de agosto de 2011

ADRIANO CORREIA DE OLIVEIRA - Canção com Lágrimas



AS LÁGRIMAS QUE REGAM AS ALMAS E OS CORAÇÕES DE QUEM LUTA, SEMPRE, PELA DEMOCRACIA/DEMOCRÁTICA, A DIGNIDADE E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO, economica, social, cultural e ecologicamente.

domingo, 28 de agosto de 2011

DESTAS COISAS, enfim...




FASES






Quando a maré desce,

nas águas que vão,

partem as minhas mágoas,

dores e dissabores.





Na maré vaza,

fico puro, inocente,

recém-nascido para a vida.





Com o mar que sobe

as minhas esperanças

renascem.





Na maré cheia

sou finalmente, e totalmente eu,

amante, apaixonado, possessivo,

todo terra, sexo, prazer,

luta e determinação.





Todavia a lua muda

de fases,

o dia também

e a vida ainda mais,

e eu, que sou de diferente?

Nada, e, assim, vou mudando.



Mas faça Lua, ou Sol,

troveje e caem coriscos,

o inferno aconteça,

serei sempre eu -


AMANTE!




complexo balneário da Ponta Gorda, no Funchal, vendo o mar, Agosto 2011



andrade da silva




PS: Na foto piscina natural da Ponta Gorda/Funchal.

sábado, 27 de agosto de 2011

AS CONVULSÔES DO MUNDO REVELAM A GRANDEZA DO 25 DE ABRIL 74




" um esforço tremendo a adicionar contributos para que não avancemos para o Futuro de costas. Se o fizermos, não saímos do chiqueiro que tomará as dimensões de um dantesco inferno"








Portugueses horrorizados vêm o que se passa no mundo, e fazem, como sempre fizeram, um grande apagão ao 25 de Abril 74, uns porque o queriam fazer e não fizeram, mas continuam a nível simbólico a darem a entender que quem fez o 25 de Abril não foram os tenentes, os capitães, os sargentos e os soldados do Movimento das Forças Armadas, mas outros que não estiveram lá; outros porque acham que o fascismo, o neo-fascismo ou a evolução natural do fascismo é que seria o melhor para o país.


Todavia, nem uns, nem outros, têm razão, e os que mais beneficiaram com o facto da queda do regime ter sido feita pelo MFA, ou seja, as Forças Armadas com um carácter democrático, foram os dignitários do regime fascista. Se esta gente tivesse de enfrentar os seus acusadores populares, poderiam ter de passar pelas dores que os seus similares estão a passar em vários países, como na Líbia,ou no Egipto, em que Mubarak é julgado enjaulado.


A revolução do 25 de Abril foi de cravos, por:


1º pela natureza do movimento - militares disciplinados e democratas;


2º porque dois grandes heróis do 25 de Abril, um Alferes e um soldado, desobedeceram às ordens do brigadeiro Junqueira Reis para executarem Salgueiro Maia;


3º a completa falta de resposta do regime, e não ter havido nenhum doido que tentasse organizar a resistência, nem mesmo a PIDE o fez;


4º o êxito do bluff de Salgueiro Maia que deu a ideia de ter uma força que não tinha, o que, em parte é paradoxal e pouco aceitável, pois podia ter sido reabastecido em munições pela Escola Prática de Artilharia posicionada no Cristo- Rei com munições suficientes, talvez este bluff tenha doseado o ímpeto ofensivo da coluna de Salgueiro Maia, tornando-o exasperadamente paciente;


5º o facto de ninguém no regime ser louco desde o presidente da república, presidente do conselho de ministros e os demais ministros, sobretudo das pastas militares e da segurança interna.



Não fora este conjunto de factores e o estertor do regime fascista teria um custo muito elevado em vidas, como antes aconteceu. Em 1927 na revolta do general Sousa Dias houve centenas de mortos e feridos, como, aliás, aconteceu em 1915, e como poderia ter acontecido no 25 de Abril, quando o povo veio para a rua, e em muitas outras ocasiões do PREC, como, aquando da marcha da maioria silenciosa, em que as barragens montadas foram enquadradas por militares; o 7 de Março 1975 em que a população de Setúbal queria invadir a esquadra da PSP, e, esta, responder com fogo de metralhadora no que os dissuadi; o 11 de Março 75 em que o MFA organiza a defesa, e em tantas outras situações, numas em que participei como os movimentos revolucionarios da Reforma agrária, levantamento da população de Montemor em 13 Março 75 contra os agrários Vacas Nunes, Álvaro Cunhal ( nem é parente do antigo secretário- geral do PCP) e um outro; movimentos de saneamento dos membros das famílias Veiga Teixeira e Rapazote de várias instituições do Vale de Sorraia, Coruche; revolta dos mineiros das minas do Lousal e dos trabalhadores da ECA de Alvalade do Sado contra a Administração e depois contra o sindicato, como no caso dos mineiros. Na empresa ECA de concentrado de tomate o administrador tinha sido membro de um dos gabinetes de Salazar.


Nestas andanças, em que servi a defesa de vidas e mantive a revolução nos carris da não violência, fui, depois, acusado pelo 25 de Novembro de ter andado nestas tarefas recebendo indicações do PCP, de como fazer as coisas. Ora todos os que me conhecem sabem que isto era impossível, e aí todos os civis respeitaram a minha autonomia, nunca me deram qualquer indicação para fazer de um ou de outro modo.


Seja como for, nunca o regime fascista teria caído com tanta tranquilidade e sem mortos e convulsões, se a sua queda tivesse sido levada a cabo por rebeldes anti-fascistas e outros concidadãos revoltados. Sem disciplina e sem enquadramento em Portugal, como em outro país, a queda de uma ditadura seria muito cruenta, até porque se as forças armadas estivessem do lado do regime usariam o seu poder para esmagar a sublevação.


É sempre útil para o presente e futuro, analisar o que já se passou, se está a passar noutras paragens e pode vir a acontecer em Portugal em caso de grave convulsão social.


Quanto ao 25 de Abril 74 e ao PREC só mesmo gente de má fé que nunca mereceu o que teve, não reconhece o papel dos militares de Abril, porque não poderia haver por muito mais tempo, esse se, se o 25 de Abril não tivesse acontecido, na perspectiva que os fascistas têm de que aquele regime era justo, democrático e desenvolvementista, quando de facto era uma ditadura politica e contabílistica que só poderia levar a aforrar e a mais nada, e necessariamente acabaria numa revolução e, então, o "se" é outro, e, é - E SE o 25 de Abril 74, tivesse sido uma revolução do povo, com o povo e para o povo, isto é, uma Revolução popular? Com este "se" mais provável que o MFA evitou, é que todos deviam deitar contas à vida e muitos dignitários do fascismo aos seus pescoços.



Em boa verdade, o País tem uma divida impagável para com o MFA que cometeu o erro maior, de não se ter organizado num partido revolucionário independente e com uma obediência exclusiva à Nação portuguesa. Mas, para que conste, sempre direi, que com alguns camaradas do MFA tentamos colmatar este erro em 77/78, mas os nossos amigos de outros partidos sabotaram a iniciativa e foi pena, pela falta que fez e continua a fazer.



COISAS....



andrade da silva




PS: Julgo que os Jornalistas estão a correr risco de vida para informarem muito pouco, mas que são heróicos e muito corajosos, são, but... não haverá uma grave desproporção entre o risco e a informação disponibilizada?




Elas e Eles e o Povo Libio estão no Inferno. A ONU tem de em força prover as necessidades de ordem, alimentação e segurança às pessoas. Ao bem da saída de Kadhafi, seria um CRIME MAIOR da ONU, permitir a instalação na Líbia da desordem ou de um governo pior que o de Kadhafi.

Elina Garanca "Habanera" Carmen



BOM FIM-DE-SEMANA.

Abraços e beijos, segundo os costumes, e que o Amor seja sempre uma ave rebelde.

andrade da silva

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

NÃO À REPRESSÃO E VIOLÊNCIA NO CHILE.






EM TODO O MUNDO, POR TODA A PARTE, A RESPOSTA ÀS JUSTAS REIVINDICAÇÕES DOS JOVENS, DOS TRABALHADORES, DOS IDOSOS E EM GERAL DE 2/3 DA POPULAÇÃO, PORQUE TÊM RAZÃO, E PORQUE NÃO PODEM SER AS VÍTIMAS DE UM CAPITALISMO ESPECULATIVO, COM ÍNDOLE DE FASCISMO-SOCIAL, NÃO PODE SER A REPRESSÃO, MAS SIM OU O CAPITALISMO MUDA DE RUMO, JÁ QUE NATUREZA NUNCA MUDARÁ, OU A REVOLUÇÃO, DE UM OU OUTRO MODO, É A SAÍDA ESTREITA PARA O DESASTRE MUNDIAL A QUE AS SUCESSIVAS CRISES DO CAPITALISMO TÊM CONDUZIDO O MUNDO.



andrade da silva

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

UMA QUESTÃO DE VIDA OU DE MORTE PARA A NOSSA CIVILIZAÇÂO






Por razões de ordem técnica, o texto está publicado em comentário.




quarta-feira, 24 de agosto de 2011

DA VIDA E DA MORTE





Ela, a Conceição, minha mãe, partiu em 9 Novembro de 2010;



Ele, o Carlos, meu amigo, partiu em Agosto de 2009;



Ela, a Manuela, irmã do meu amigo Óscar, partiu hoje, 24 de Agosto de 2011.






Desde há 3 anos que nas minhas vindas à Madeira vou acompanhar entes queridos ou amigos à sua última morada.


Em Novembro de 2010, no dia de S. Martinho, 11 de Novembro 201o, acompanhei a minha.Em termos estritamente médicos, só por uma unha negra não morreu no dia 13 de Outubro, dia do seu aniversário, mas, como gostava de festas, fintou a morte, e escolheu o dia de um Santo, de que gostávamos bastante, na romaria a S. Martinho, cuja igreja fica a paredes meias com o cemitério, comíamos bacalhau daquele fino e pequeno com muito alho e azeite, uma maravilha. Todavia seria sempre um presente estranho morrer no dia do aniversário, que só poderia servir para uma contagem precisa dos anos de vida, e, isto, ela não consentiu pelo amor que nos tem.


Hoje, neste dia 23 de Agosto de 2011, acompanhei a Manuela que ainda há poucas horas, após uma operação bem sucedida parecia bem, todavia depois da visita do cirurgião morreu de repente, dizem que por paragem cardíaca, e ninguém sabe algo mais , ou questiona. Morreu, ponto.


Pessoalmente não entendo, o coração deve parar por alguma razão, ou, então, parou mesmo naquelas cenas da morte súbita, mas algo de mais concreto deveria ser apurado, mas não é assim. Não o entendo, mas devo ser de outro planeta. Li em tempos que nos EUA, os casos das mortes nos hospitais são avaliados por um tribunal médico, e se se prova que houve negligência a autorização para o exercício da profissão é retirada, aqui, tudo é simples - morreu, ponto, está morto, ponto. Siga o funeral, ponto. Ponto.... ponto... ponto.


Como a vida, tudo é um parêntesis, ponto.....


Conceição, a Fátima e eu estivemos juntos, e pensamos que hoje tens mais uma grande amiga junto de ti, para conversarem. Como a Fátima lembra gostavas muito de falar, de opinar, também herdei esse maravilhoso hábito, e estou cheio de dentadas de hienas, nunca chegam a sarar, a umas seguem-se outras.


Tu bem me avisas, em sonhos, para enfim, sair do ringue, já chega. Mas tu sabes que também nunca saístes do ringue até que um AVC, que te queimou tudo o hemisfério esquerdo, te calou. A hiena da doença comeu-to todos os centros da linguagem. Maldita hiena. Falares, seres vaidosa, corajosa e bondosa eram as tuas virtudes maiores. Derramo uma lágrima, como as que choramos no cemitério por todos, mas muito por ti. Gostamos muito de ti, mas sabemos que estás bem e entre nós.


Durante o trajecto também pensei no Carlinhos, o carpinteiro, travesso, espírito aberto e atento que com os seus trejeitos de mãos e face, muito gostava de falar comigo, o joãozinho, - (espantosamente no Funchal ouvi uma voz atrás de mim- joãozinho, era a Cruz, falamos de ti Conceição) agora, bem mais velho e com alguns títulos á mistura, que nunca foram barreira em nenhuma situação à comunicação com o povo donde venho, e onde estou e sempre estive.


Falávamos de politica, do futuro, do jardinismo, tudo numa conversa vadia, com espetada e tinto, pelo meio, sem critérios editoriais, sem censores ou ditadores, éramos iguais entre iguais, falando livremente, como sempre devia ter sido, e, de um modo definitivo, pós 25 de Abril, o que, deixou de ser, mesmo entre gente que diz defender a liberdade de expressão e pensamento. Seja como for entre nós e entre todo o povo que conheço as coisas fluem, como acontece no fado vadio genuíno e popular. O resto é elitismo bacoco de todas as Santas Combas do Universo.


Verdade, verdade é que a vida passa, e muito depressa, e comigo, desde o dia de Dezembro de 1971 em que desembarquei em Luanda, mantenho a mala feita para partir, levo a amizade dos que me amaram em vida. Dispenso todas as saudades falsas, ditadas pelos espelhos. Saudades só as dos amigos do coração poderão ter, e espero que cada saudade se transforme sempre, numa primavera de flores, pássaros e, sobretudo, borboletas sem fim e para todo o sempre. Para os demais amigos fingidos que a sorte nunca vos abandone e a dor nunca vos habite, todos os demais que me desprezam não contam mesmo, mesmo, nada, porque também desprezam o mineiro, o pescador, numa palavra, os cidadãos, povo-plebeu. O 25 de Abril está muito mutilado por inimigos, mas sobretudo pelas máscaras de Tróia.


Como seria bom pensarmos que a vida é um ápice, o que, os coros da Missa de Corpo presente, cantados pelos fieis nos recordam!


Logo no início o sacerdote celebrante, ainda jovem e com uma bela voz, irrompe com O Tende Piedade de Nós, depois Aleluia, Hosana e Cordeiro de Deus. Neste lutos a Missa é um lenitivo importante, acalma quem acredita e é sempre um acto de amor e solidariedade, o que, me levou a dizer àquele sacerdote, quanto um pós-católico lhe podia agradecer o bem que fez a todos e a mim próprio.


Os cantos religiosos são uma bênção, que me acompanham numa colecção de CD'S há, muitos, muitos anos, e entre todos venero, de um modo especial, a missa crioula e o canto gregoriano.Uma bênção!


Também foi uma bênção ver ali, no funeral, comovido e com lágrimas nos olhos, o senhorio da Manuela, e a sua esposa, e mais o senti, por saber que era um meu camarada da GNR. Abraço-o, pela grande lição de amor que tão singelamente deu. De um modo atabalhoado cumprimentei-o, dizendo que era um seu camarada do Exército, e por aí ficamos.


Amigas e amigos só tem direito a ser amigo depois da vida, quem o foi de outrem durante o transcurso daquela e, neste caso, as lágrimas que orvalharem as faces regam as boas recordações que viverão para todo o sempre.


Mãe, Pai, Carlos, Manuela, Miranda, Amílcar, Costa Martins, Fabião, Vasco Gonçalves, alferes e soldados de Mucaba que partistes tão cedo, por causa de uma guerra injusta, Paulo Galhardas que tão jovem partistes, soldado Ribeirinho morto em Timor, cujos pais acompanhamos, sargento Moura do Alandroal, todas as amigas e amigos que partiram estais ao nosso lado, continuamos a viver por e convosco e em vós, e, por tudo isto, também viveis em nós. Até sempre.




andrade da silva






domingo, 21 de agosto de 2011

SOMOS, SIMPLESMENTE, ÁTOMOS DO COSMOS.



Não somos, nem mais, nem menos que átomos, moléculas, do cosmos, que recebemos uma dada forma, muito bela nas tágides, e um dado sopro de vida.


Um dia o sopro de vida se extingue, e regressamos ao nosso estado inicial, perfeito, total - átomos do universo.


Mãe, Pai, Filho, Irmã, Amiga não chores mais, porque sou já, o que, amanhã serás, e já fomos antes - átomos. Faz da tua saudade o acto mais belo da vida - Ama.


Vive a vida! Celebra a vida!


Ama-me sempre, e, sobretudo, enquanto o sopro de vida te permitir beijar-me, abraçar-me, depois ... não chores mais.


Quando demos todos os abraços e beijos do Mundo, todo o nosso amor, fica a saudade, mas nunca a tristeza, seria uma impostora. Canta mesmo que chores, mas não chores, nunca, solitariamente.


AMAR É NA VIDA E NA MORTE CANTAR, mesmo que o canto seja orvalhado por lágrimas salgadas e irmãs gémeas de tantas outras que gritam - VIDA!


Todos somos átomos,e, assim, constituímos um só universo, um só Cosmos: uns Amam, e vivem; outros odeiam e perderam a vida.


Abraço-vos e beijo-vos.


andrade da silva

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

ATT Livraria Poesia Incompleta



Livraria Poesia Incompleta

Actualmente existe, em Lisboa, uma livraria absolutamente única no
país: uma livraria integralmente dedicada à poesia.

Sucede, contudo,que, apesar de fantástica, ela encontra-se com alguma dificuldade em
sobreviver. O que não se compreende: tem à sua frente um jovem
livreiro que, além de extremamente eficiente, como verão, possui um
total conhecimento do que está a vender: conhece os autores, as
edições, tudo.

A livraria de que vos falo chama-se Poesia Incompleta, fica na Rua
Cecilio de Sousa nº 11 (Príncipe Real) e vai com certeza ser uma
revelação para quem a visitar.
Abrange todas as épocas e o que não tem, o Mário, o dito livreiro, arranja, normalmente - e com uma
brevidade que, no mínimo, surpreende.

Peço-vos - a vós que sois leitores - que façam uma visita
a este sitio, que não pode de maneira nenhuma fechar e que, pela sua
qualidade, tornar-se-á, mais tarde ou mais cedo, num local de culto.

Isto, claro, se este singular espaço não fechar, coisa que, passando a palavra e recomendando a amigos, podemos evitar.
Obrigada







segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Machico Madeira



Esta madeira só me surpreende. Na zona, onde, reside a minha família, na Ajuda, só há carros de boas marcas e comprados a partir de 2005.

De um modo geral, o pessoal anda muito bem vestido, as mulheres, as minhas patrícias, são mui formosas e belas, esculturais, com muitas jóias ( muitas das lojas francesas, creio que Bonjour, ou talvez não, cito de cabeça), mas, o mais impressionante, e, desde há muitos anos, são os casais jovens, vinte e tais, trinta e poucos anos de idade, com 2, 3 filhos. É impressionante a confiança que depositam no JARDINISMO, também é uma obra do jardinismo, e da Igreja Católica, esta, a da natalidade. É uma obra demográfica, mais importante que todas as renovações urbanas feitas por qualquer outro Marquês de Pombal, o futuro de 2030/40, para a frente o irá confirmar.

Pese embora, todo o desvalor que uma certa burguesia bem pensante e que se proclama de esquerda dá à natalidade, jardim e outros, como os nortenhos, estão a lançar a semente da salvação demográfica.






Também aqui a esquerda ao esquecer a questão da natalidade, pode estar a permitir não só o estreitamento perigoso do saldo demográfico entre vivos e mortos, mas também o crescimento do gene de direita.

Conheço, e bem, as teorias da compensação da perda da população europeia e ocidental pela emigração, mas nenhum mundo é tão inocente, assim, e o Islão nas suas formas políticas e radicais, maioritário nos estados teocráticos e xiitas, não o é, como nunca foi ou é a Igreja Católica, que, no entanto, hoje, é bem mais inteligente na prossecução dos seus fins , do que violenta, como tão claramente, disto, fez prova, um padre na sua homilia de 14 de Agosto 2011, ontem, na missa da RTP1.

Acrescento que na minha adolescência e jovem adulto fui Católico praticante, chefe na Juventude Escolar Católica, onde, ascendi a secretário diocesano, fiz dois cursos de Cristandade com o Padre Vidal, mas nunca participei em confissões colectivas, ou mortificação da carne - sou touro - contudo rezei muitos terços com os braços em cruz, comunguei e fui a missas diárias, pelas 7 horas da manhã, à Igreja do Bom Jesus, pela emergência de bons católicos; fui secretário do Centro Académico, sito à rua dos Ferreiros 175, Funchal, fiz parte da Conferência de S. Vicente de Paulo, que sob a orientação do padre Gamboa, capelão da Academia Militar, praticamos muitos actos de solidariedade, e aprendi muito, sobre longevidade, com um velhote de 80 anos de um bairro da lata. Então, ter 80 anos era uma grande lotaria.

Deixei de ser Católico, porque a Igreja, como, aliás, todas as organizações que conheço têm um discurso e depois têm outra prática, ora, entre limites aceitáveis, ora, fora, como foi o caso da Igreja Católica.

Todavia, quando a Igreja canta, com os seus coros e exerce com prudência as funções do seu mister é balsâmica; quando entra na politica, está quase sempre do lado dos estados capitalistas e dos conservadores, e, é pena, nisto não seguem a Cristo.

Apesar dos banhos de Agosto, estar um tudo-nada desperto não fará mal, julgo... mas!?....






andrade da silva.






PS: O "glorioso" discurso de Passos Coelho é de facto uma tragédia para o país, para 1/3 a 2/3 da população, que vai ficar de cócoras perante a vida, desdendata, cega, doente, desempregada e, por vezes esfomeada, desesperada e cheia de angústia e stresse,para morrer bem mais cedo, voltar-se-à à esperança de vida na média dos sessenta e tais, vai continuar-se a tramar os jovens e os idosos, como sempre tem acontecido, sobretudo com os jovens. Também como jovem, aos 26/27 anos foi tramado, por aqueles que pouco ou nada se identificaram com o 25 de Abril que nasceu nas ruas, e foram menos leias e camaradas, para quem tanto procurou servir Abril, e, assim, de 76 a 78, prenderam-me por duas vezes, e, agora, procuram outra democracia com o movimento dos jovens M12M, mas como? A miopia já nos atacou?.


Toda esta tragédia vai acabar mal, para já e no imediato com "cacetatada" sobre os que protestarem e perante a ausência de uma solução global da esquerda humanista, ( não há respostas à esquerda globalmente eficazes sem a reconversão do PS, ou ganhos substanciais das forças emergentes de esquerda nos 5 milhões de abstencionistas e, seja, para qual for o cenário - eleitoral ou da rua - a reposição do stato-quo pode vir a ser feita, com maior probabilidade será, , com uma resposta violenta de direita, resta saber se inteligente, se mesmo do tipo neo-fascista.

domingo, 14 de agosto de 2011

Curral das Freiras com GenteTV - May28 - #3


Madeira, minha alma, meu coração, meu corpo, meu pensamento, meu sonho, minha revolta, minha indignação. Madeira minha Pátria Portuguesa, também és Portugal, um pilar da nossa aventura marítima, e da nossa independência, sem a gesta da tua descoberta, Portugal seria um província de Espanha, e não poderíamos nunca dizer à nossa amada/o - AMO-TE, AMOR - a lua e o sol mais belos que todos. Tu Madeira tantas vezes rebelde e revoltada contra o Ditador de Lisboa e outros de cá, nunca te renderás. Não abuseis senhores daí e daqui.

Mireille Mathieu - Caruso



BOM DOMINGO!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

FIM DE SEMANA EM AGOSTO.







Bom fim-de-semana com uma piada jardinista. Alberto João prevê 3 cenários para a saída da crise: um, o optimista, vamos sair de vento em popa, mas neste, não acredita. Estão todos a fazer mal, menos ele;


2 - tudo se vai agravar em 2012 e 2013, mas o sistema politico aguenta-se, mas...


3- tudo se agrava, e vem a tragédia, o sistema politico português, todo errado, e nisto tem razão, mas o jardinismo é o exemplo mais acabado do erro maior da democracia, não se aguenta. Então, que sistema se seguirá, é a preocupação de Alberto João, porque depois pode não ser uma democracia, como a que existe na Madeira, pudera, onde, um reina e quase todos calam, e, sobretudo, consentem, mas sim, um sistema autoritário em que as liberdades vão todas à vida. Resta saber se a dos políticos corruptos, se a de todos os cidadãos. Se for a 1ª ganha Portugal e a Europa, se for a segunda ganham todos os fascistas-sociais, os neo e os protofascistas, aqueles que denuncio no grito contra a mãe de todos os ódios e perdem a generalidade dos portugueses e a Europa. Qual será o desfecho?


Entretanto, diz o PS- Madeira que é preciso mudar urgentemente o Jardinismo, e, ainda, diz o mesmo PS que a empresa Jornal da Madeira, falida, cujo accionista principal é o Governo Regional, aumentou a sua tiragem de 15 mil, para 25 mil, com um agravamento dos custos de 35%, neste período de campanha para as eleições regionais. O jornal tem como preço de capa 10 cêntimos, mas a mim e a muitos outros, julgo que a todos, é distribuido gratuitamente.



Bons sóis, abraços e beijos, segundo os costumes e os corações.


andrade da silva



PS: Afinal é um gato escondido com um grande rabo de fora, ou seja, uma derrapagem de 227 milhões de euros de défice na dívida publica, ou, dito de outro modo, cada Madeirense deve cerca de mil euros, quanto ao défice madeirense, mais o que deve por ser português. Há todavia obra, resta saber quanto desta despesa será nobre, e quanto é ilegítima e, segundo o direito internacional odiosa, digo, segundo o direito internacional, para que a palavra odiosa, não ofenda a sensibilidade semântica de pessoas muito sensíveis, ou santeiras.


De qualquer modo, Jardim tem toda a razão, o que significa isso com os milhares de milhões do PBN, em que ninguém será condenado pelos seus crimes, nem os que receberam dividendos ilegítimos pela venda das suas acções se verão obrigados a devolvê-los, o que alguns (todos) mas alguns em especial deveriam fazer voluntariamente por força da moralidade, deontologia e ética ligada aos seus cargos públicos. Mas nada acontece e tudo o país, este Portugal, consente.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O ÓDIO NASCE NO CIMO - VERDADE NUA E PURA.

Os morcegos,
símbolo repelente,
aparecem,
desaparecem,
mal os vemos,
mas existem.

também as sanguessugas,
fascistas sociais,
não se dão a conhecer,
por cartão de visita,
pudera!
mas existem.

o elitismo
parece adormecido,
mas salta,
a cada de grau
da hierarquia social.

o ódio pensava-se morto,
mas está vivo:
londres, hoje,
paris, ontem,
o mundo, todos os dias.
e ainda:
o ódio à verdade,
o ódio à transparência,
o ódio à divergência
existem,
ferem,
matam,
escravizam.

o ódio
tem uma hierarquia vertical,
é do tipo,
top-down,
de cima
para baixo.
no cimo nasce,
mas,
descendo,
esmagando,
provoca a reacção
violenta,
de baixo, para cima.

o ódio
do pequeno,
ao grande
é
reactivo.
o ódio
do grande
contra o pequeno,
é a fonte,
a mãe,
de todos
os ódios.
quem
não o vê,
quem
não o sabe,
ou está no
cimo,
ou é
eunuco
do cimo.
......


oh maldita voz!
oh insano mundo!...
Porquê?
mas ... como....
se as verdades
existem,
e devem
ser ditas,
conhecidas.

coisas....

madeira 10 agosto 2011

andrade da silva

ps: por agora, por motivos técnicos, não é possível publicar nenhuma imagem.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

SEMPRE QUE FOR POSSÍVEL....






SAUDAREI AS MANHÃS E QUEM ME LÊ. PASSEM BEM ATÉ À PRÓXIMA, QUIÇÁ COM ASSUNTO MAIS ALEGRE, SE A VIDA, E AS CIRCUNTÂNCIAS O NÃO IMPEDIREM DE TODO. NEM O SOL DE AGOSTO ESCONDE O DESASSOSSEGO.






ABRAÇO-VOS.


andrade da silva

GRITO POR UMA EUROPA NOVA E UMA NOVA EUROPA.



A Europa tem uma história cruel e simultaneamente bela. É cruel pelos bárbaros crimes dos impérios, das guerras, dos fascismos e do colonialismo. Ainda é bárbara, porque continua a apoiar regimes neo-coloniais e fazer de conta que imensos governos do Mundo com quem tem trocas politicas, culturais e económicas não desrespeitam os direitos humanos, e mais grave, ainda lhes vende armas. Esta Europa néscia devia morrer, porque é porca.


Todavia, lado a lado com esta Europa há a da cultura helénica, da arte, da beleza, da democracia e da solidariedade, isto é, sem esta segunda Europa esplendorosa o mundo seria pior, e nós, os portugueses, estaríamos bem mais longe dos actuais níveis civilizacionais e de desenvolvimento, em que nos encontramos.


Por tudo isto, pese embora a crise, a Europa e a sua Utopia devem viver, mas de um outro modo.


Entre a morte da Europa anunciada pelo céptico, azedo, embora inteligente, Pulido Valente, e a utopia de construir a Europa social e a casa comum de todos os europeus, como defende Eduardo Loureço e Anthony Giddens, alinho pela posição destes, com uma grande-pequena diferença, não defendo a Europa elitista dos bem pensantes ou bem pagos, mas sim uma Europa a fazer de raiz por todo o povo plebeu deste continente.


Grito por uma Europa Nova, uma Nova Europa a Europa dos cidadãos e não pela Europa néscia dos ricos e seus testas de ferro, sem verve e determinação para nos retirarem da rota de secundarização perante os EUA e a China.


Temos de reinventar a Europa com um Povo europeu, com portugueses, alemães europeus, como os Hispano-americanos e outros que existem nos EUA.


Da minha parte, considero-me madeirense-português- europeu e nos três domínios farei tudo o que puder por uma Europa, um Portugal e uma Madeira Democráticos, com democracia, que é o que cada vez menos existe na Europa e em Portugal, e, isto, é, sim, o princípio da sua decadência e do seu fim, o que é urgente evitar, sobretudo para bem dos povos.


Seria bom nunca esquecer que a morte da Europa abre lugar à sua Chinezição, isto é, ao jugo sob a pata dura, cruel e ditatorial chinesa que nos dominará e não à desagradável pata imperial americana, que apesar de toda a sua maldição, é bem menos maldita que a chinesa, que se comprar a quase totalidade da dívida pública do mundo, nos obrigará a trabalho sem direitos e sem horário, etc..


Contudo, a compra das dívidas soberanas pela China comporta um risco muito grave, o de ficar com os títulos, mas o países serem insolventes, e, então, só a guerra de conquista poderia salvar a China.


Seja como for, para não se regressar a idades de Trevas, é preciso REINVENTAR A DEMOCRACIA, COM DEMOCRACIA, e a Europa quê dê suporte a esta utopia, muito difícil, porque as democracias, sem democracia geraram um conjunto enorme de filisteus que se fingem democratas, e que ameaçam a democracia.


Grito pela Europa social dos Povos e do Povo.


andrade da silva

sábado, 6 de agosto de 2011

05 - POEMÁRIO * Ansiedade

*
Há, nesta terra, a raiz,
o caule, a dourada espiga
e a fome, numa cantiga,
desencontrando um país.
*
Há saudades do Passado,
há saudades do Futuro
no meu país que procuro
em cada arado parado.
*
Há mais joio do que pão.
No abandono da paisagem,
apenas, à sua imagem,
o peso da solidão.
*
E os silêncios e os adis
já nem guardam na lembrança
as searas de esperança
na promessa de um país!
*
Há, apenas, os presságios
de temores e procelas
arrastando as caravelas
para quantos mais naufrágios?
*
Ah, que nesta dor extrema,
de ansiedade permanente,
seja salvo, novamente,
o meu país, num poema!

*

José-Augusto de Carvalho
Lisboa, 10 de Setembro de 2010

SOMÁLIA



Para socorrer ao desastre humano daquele Povo e daquelas crianças que por nós todos são assassinadas por causa da indiferença com que admitimos que os governos poderosos nos governem a ao mundo, a UNICEF, através de uma conta,pede-nos que ajudemos a arranjar alguns pensos rápidos para a tragédia humanitária e para os 195 milhões de crianças em risco. Para salvar algumas ajudemos:






Conta multibanco



Entidade: 20467



referência: 777 777 777



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PELAS CRIANÇAS E SEUS PAIS DE TODO O MUNDO.






Foi um Algarve


    






       Foi  um Algarve




Foi  um Algarve que não mais existe


Mas que ficou em mim, voz de cristal


Um Algarve de mito de magia


De lendas, de areal


Um Algarve, perfume confundido


De alfarroba, amêndoas, de pinhal


Das figueiras de braços retorcidos


De cada laranjal


Um Algarve ainda tosco


Mas tão belo


Como é belo quanto é natural


Rústico Algarve


Dava gosto vê-lo


Na voz cantada do sul de Portugal




Marília  Gonçalves


PRIVATIZAÇÕES ODIOSAS.






De acordo com o direito internacional da despesa odiosa, que os EUA já usaram, para não pagarem divida pública, em Portugal, os partidos , os cidadãos e os escritórios de advogados que defendem Portugal, deveriam tomar uma atitude firme, quanto à despesa odiosa, resultante da especulação dos mercados e de actos dos governos que legitimamente só deveriam tomar após referendo, face aos custos que os mesmos trazem para a generalidade dos cidadãos contribuintes.


De igual modo, deveriam forçar, através de todos os meios jurídicos, políticos, sociais e outros mobilizáveis uma jurisprudência, ou melhor, a constitucionalização de restrições às privatizações odiosas, ou seja, aquelas que retiram ao controlo da República os bens públicos estratégicos, como a água, a energia etc., que só poderiam ser privatizados depois de referendados..



andrade da silva




sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Águas Turvas - Camões



SEM PALAVRAS .

Através do facebook e de Isabel Amorim. Obrigado.!

SEJA BEM VINDA HELENA SÁ VIANA. TRAGA MAIS CINCO. DEIXE A SUA OPINIÃO. NESTE ESPAÇO QUE LUTA POR OUTRA DEMOCRACIA E PARA QUE JAMAIS A ALIANÇA COM O POVO SEJA TRAÍDA E POVO ABRACE OS SEUS ALGOZES, COMO SE ENTRE ABRIL E A LIBERDADE E A DEMOCRACIA DESEJADA E POSSÍVEL, NÃO TIVESSE HAVIDO UM 11 de MARÇO 75 E UM NOVEMBRO DE 75 e EM 1976/77/ e, POR AÍ FORA, NÃO SE TIVESSE RESTABELECIDO O PODER DAS FAMÍLIAS DO FASCISMO E ABSOLVIDO, COMO GRANDES SERVIDORES DE PORTUGAL, OS PIDES E, AO MESMO TEMPO, SE TIVESSEM PERSEGUIDO, PRENDIDO E EXPULSADO DAS FORÇAS ARMADAS CAPITÃES DE ABRIL QUE TUDO DERAM AO SEU PAÍS, NADA RECEBERAM EM TROCA, PARA ALÉM DA PERSEGUIÇÃO DOS QUE SE ALIARAM COM TODAS AS FORÇAS CONSERVADORAS, CAPITANEADOS POR KISSINGER, PARA FAZEREM O MAL QUE FIZERAM COM BASE NA CABALA DO GOLPE DO PCP. ÁGUAS TURVAS QUE SE TÊM TORNADO LAMACENTAS, MAS PRECISAM DE SEREM PURIFICADAS, SÓ ASSIM HAVERÁ UMA VERDADEIRA DEMOCRACIA DIGNA, LIVRE E DESENVOLVIDA PARA TODOS OS CONCIDADÃOS LIVRES.

CARTA DE ALFORRIA E RESPECTIVOS SIMBOLOS







" DESEJO UMA CARTA IGUAL PARA TODA A GENTE DO ÚNICO E GRANDE CONTINENTE- HUMANIDADE"





A minha carta de Alforria, foi-me concedida pelo jovem mais nobre que conheço, o meu filho, em 9 de maio de 2007, dia dos meus anos, e é confirmada pelos vários símbolos ( na foto) que militares, soldados, sargentos e oficiais que comandei, ao longo da minha vida de soldado, me quiseram ofertar, como centenas de avaliações a que me sujeitei, antes e depois do 25 de Abril, e que guardo com muito respeito e amizade, as boas e as negativas, e, estas, de um modo particular. Algumas foram assinadas, o que, revela a coragem de quem as fez, mas também e, por certo, a confiança que depositavam no seu capitão, que sabiam que nunca exerceria qualquer retaliação, pelo contrário, muito me serviram para resolver problemas e alterar alguns procedimentos.


Guardo também com muita honra e orgulho a pequena história da minha vida militar que os civis e militares do Centro de Psicologia Aplicada do Exército me dedicaram, através do esforço de muitos, mas especialmente da Dra. Fernanda Neves.




CARTA DE ALFORRIA, OUTURGADA PELO MEU FILHO




"Nem todos vão concordar com o que dizes ou pensas - mas tens todo o direito às tuas próprias opiniões.


Nem todos sentirão aquilo que sentes - mas tens todo o direito a ter os teus sentimentos.



É preciso ter CORAGEM para expressar as nossas opiniões e sentimentos pessoais - para construir os nossos sonhos e procurar concretizá-los....


É precisamente essa coragem que faz com que sejas uma pessoa única e especial.


Espero que cada novo dia traga força e motivações renovadas, para que possas continuar no caminho da felicidade".



Esta é a minha opinião relativamente à tua maneira de ser, de lidar com o Mundo que te rodeia...


E serás sempre o melhor pai do Mundo...


... muitas continências e muita saúde


Beijo e abraço


teu filho


João Silva



Já antes era um homem livre, fossem quais fossem os grilhões, mas depois do meu filho me declarar um homem livre, que mais posso fazer, eu, que seguir o trágico destino dos que pensam pela sua cabeça numa sociedade mundial, mas sobretudo, as pré- modernas, dominadas por néscios que exercem o seu cruel poder económico, social, ideológico e cultural sobre multidões de concidadãos que transformam em eunucos.


Todavia os eunucos europeus, contrariamente aos do Império do Meio não deixam falecer em si a pulsação da revolta. Também ela já vai emergindo no Império do Meio, denunciando um regime inaceitável que assenta o seu crescimento económico de 8% ou mais, num trabalho sem direitos, em que no preço final dos produtos transaccionáveis só 5% corresponde a custos da mão- de- obra.


Mas neste querido Portugal, espantosamente, entre a minha carta de alforria e a luta heróica dos trabalhadores chineses, que se vão organizando em sindicatos independentes, ao meio dia, em ponto, todos os dias, se dá o fenómeno raro das sirenes dos bombeiros tocarem. Hábito salutar que a crise ainda não matou, e que de facto sempre me deixou uma impressão extraordinária. Hoje, com mais força me acudiu à alma, depois de ontem ter lido a crónica de Loba Antunes na visão , em que fazia referência a este maravilhoso acontecimento. Toque de sirene que andava às voltas no meu subconsciente, como algo de extraordinário e único, nosso, muito nosso, ou talvez não, não sei, mas para mim é muito nosso, só pode ter a ver com a nossa idiossincrasia.


Talvez seja, da minha parte, um acto ignorante, da chamada ignorância activa, mas deixo-me ficar, a pensar que só os bombeiros portugueses descobriram este acto belo...





andrade da silva

terça-feira, 2 de agosto de 2011

PORTUGAL UMA SOCIEDADE E ESTADO PRÉ-MODERNOS: OSTENTAÇÃO, CORRUPÇÃO E DESIGUALDADE IMORAL





" EXPRIMO-ME COM TOTAL RECUSA DOS JOGOS FLORAIS E DA DITADURA DA FORMA SOBRE A SUBSTÂNCIA, AO INVÉS PRIVILEGIO A HONESTIDADE E A SINCERIDADE NUAS, PURAS, DURAS E CRUAS, AO SERVIÇO DA LIBERDADE, DA DIGNIDADE E DO DESENVOLVIMENTO"






Sobre uma mesma realidade dizer coisas diametralmente opostas, ou resulta de má fé, ou ignorância, ou de ser, uma consequência do ângulo de observação do opinador, daí, que seja imperativo moral dizer-se, neste caso, do facto social, qual é o ângulo ideológico, ou politico- partidário de que observamos o real-concreto.


No meu caso , como tenho dito, a minha visão tem o seu DNA no PREC, no que, de um modo restrito, vivi na Alentejo, praticando actos de justiça, que creio serem em qualquer tempo, lugar ou circunstância, como: através da solidariedade colectiva resolver problemas colectivos; garantir postos de trabalho; semear de novo terras incultas, abandonadas, mares de terras com dimensões não cobertas por mais de meia hora de percurso de jeep wills ( velho jeep de uma qualquer guerra já perdida na memória das gentes ) com a salvaguarda dos direitos a que os seus proprietários tivessem legitimo direito, depois de julgados pela sua exploração odiosa de assalariados agrícolas, ou sabotagem económica , se e quando tais factos tivessem ocorrido, nisto, sempre fui e continuo a ser preciso. Não jogo em duas ou mais leituras mas numa e numa só, que por sinal ainda é a Constitucional ( art. 94 )


Posto isto, sem pintar a manta, e sem qualquer desamor por Portugal que amo mais do que a outro qualquer país, falemos claro.


Por causa de uma grave incompetência e imoralidade na gestão dos bens públicos e da maioria dos privados, como hoje disse o Ministro da Economia, dr.Álvaro, a longo prazo, na melhor das hipóteses, somos um país de emigrados, ou para quem cá ficar resta serem ESCRAVOS dos Alemães, acrescento, através dos 25 portugueses mais ricos, capatazes do nosso infortúnio.



Outro mal que nos vítima é a corrupção que ninguém quer combater de um modo global, e a sociedade portuguesa aceita de um modo geral. Todas as áreas de actividade são áreas de risco, com principal severidade para o urbanismo das câmaras, com a passagem das propriedades de aptidão agrícola para urbana ( grande cancro de que ninguém fala, porque talvez não haja inocentes); a aquisição de grandes equipamentos para as forças armadas, a saúde etc. etc..


Quanto ao controlo da corrupção, fomos induzidos em erro, pelas palavras tão eloquentes do Presidente do Tribunal de Contas, mas a verdade é que o TC não controla a substância, o osso, da corrupção, pois que se limita a observar, se os aspectos formais nos contratos foram respeitados, mas nada sabe, ou pode detectar quanto a luvas etc. etc, e tudo está claramente expresso na grande obra de Luís Sousa - CORRUPÇÃO - editada, pela fundação Francisco Manuel dos Santos, à venda na cadeia dos hiper-mercados Pingo Doce, a um preço módico.


Agravando tudo isto temos a ostentação, a gestão dolosa e a odiosa, (devem ser criminalizadas), como, entre outras, se pode referir a da privatização do BPN, antes do julgamento dos actos de má gestão e ao que dizem criminosos da gestão anterior, e sem se explicar, porque se privatiza um banco que tem custado tanto a cada um de nós, e pode ainda vir a custar mais.


E que operação financeira pode ser esta, em que um banco que já nos custou milhares de milhões de euros é vendido por 40 milhões. Aritmeticamente isto não se entende. Será um acto de gestão meramente politico, sobre um objecto económico-financeiro, ou outra qualquer coisa?



Ainda temos a desigualdade terceiro mundista, em que 25 dos mais ricos, ou seja, 0.0000025 da população detêm 10% da riqueza Nacional, cerca de 17 mil milhões de euros. Ora para haver uma redistribuição igual da riqueza, o PIB tinha de ser cerca de 4 mil vezes superior.


Mas há outras contas que se podem e devem fazer, considerando a maior fortuna, a do sr. Américo Amorim, de 2,6 mil milhões de euros, um trabalhador com o salário de 500 €/mês, sem gastar nada, precisava de trabalhar 3571 séculos, 357 milénios para conseguir tal pezinho de meia, isto é, ter 4761 vidas, ou seja, nascer, viver 75 anos, morrer, e, assim, sucessivamente, 5000 mil vezes. No caso de um coronel seriam precisos 928 séculos. Mas todos nós, e eles também, só temos uma vida.


Recordo que desde o nascimento de Cristo passaram 2 milénios e 11 anos, e que Portugal existe há um milénio. Mas ainda podia dizer-se que dava para adquirir mais de 1000 equipamentos, como o que vai ser instalado na Amadora pela Câmara e a AFID Diferença, que permitiria apoiar mais de 142 mil pessoas.


Esta é, pois, a ignominiosa desigualdade fascista-social que se tem vindo a instalar de um modo cruel, desumano e pouco denunciado, de uma forma precisa e em termos comparativos. Dou este contributo, para que se entenda a distância destas diferenças.


Finalmente e para não cansar, termino com as palavras, que partilho, de Ernâni Lopes, em " a economia no futuro de Portugal " - "a sociedade portuguesa caracteriza-se por uma vida muito pobre, falta de ideias, falta de verdade, falta de força, falta de substância e falta de garra política... cidadãos iludidos por promessas irrealizáveis, sem rasgo para o futuro... sociedade interesseira, egoísta, sem horizonte, sem conteúdo, vazia de substância, sem nobreza" ( pp278).


A este diagnóstico acrescento , é uma sociedade de concidadãos arrebanhados, cheios de medo, alienados por um Deus ou um Partido, que não questionam, e iludem a sua posse de liberdade, através de um gigantesco processo de condicionamento psicológico e ideológico que reduz a invenção, a assimilação do novo, garantindo a continuidade, ou seja, sempre mais do mesmo, mas mata, como Peaget refere, a adaptação majorante, ou seja, o equilíbrio entre a assimilação do novo ao velho e a acomodação do velho ao novo, ou dito de outro modo, o equilíbrio entre o input de fora para dentro e o output, a resposta, de dentro para fora. Sem um adequado funcionamento destes dois mecanismos temos entropia e, mais tarde, ou mais cedo, a morte do respectivo sistema/corpo, seja ele qual for.


Para que conste do deserto GRITEI... GRITEI.... GRITEI, mas.... o sentido das coisas não é o do futuro, mas sim o do desastre, logo, porque não me calo?


Tenho um filho, e não gostaria de ver Portugal entregue aos seus coveiros, mas... muito pouco posso fazer, para o evitar... coisas....






andrade da silva