domingo, 18 de março de 2018

05 - POEMÁRIO * Ousadia



TEMPO DE SORTILÉGIO 


Ousadia 







A memória rompeu o negrume 

e chegou com as vestes do mito. 

É História nas lendas que assume 

um Passado a querer-se interdito. 




São imagens dos tempos perdidos? 

São palavras ou ecos vadios 

que martelam os nossos ouvidos, 

alta noite, a carpir desvarios? 



Somos isto: um alforge pesado, 

carregado de angústias e medos 

ou a herança do Pégaso alado 

que cantaram os velhos aedos? 



Que com Pégaso ousemos os astros 

e os vindouros nos sigam os rastros!... 






José-Augusto de Carvalho 
Alentejo, 13 de Fevereiro de 2018.

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