domingo, 12 de novembro de 2017

IMAGINEM QUE....



Desculpem lá, mas tenho de comentar à minha maneira

Ele há cada um….então não é que tenho sido bombardeado com uma noticia(?) que me deixou perplexo: a PSP a mando do MP entrou por um velório dentro e…zás, levou os corpos dos falecidos, perante o espanto e irritação dos velantes….são situações destas que nos fazem pensar como era diferente o velório noutros tempos. Se não vejamos:

Princípio do séc XX . Início dos a nos 20. Uma pequena aldeia no nordeste transmontano de seu nome Larinho. Como todas as aldeias era pobre, mesmo muito pobre. Tão pobrezinha que os moradores não tinha dinheiro para fazer os funerais com a pompa que hoje se realizam. Havia um esquife de serviço publico ( penso que foi o serviço que antecedeu o leasing….)ou seja, meia dúzia de tábuas pregadas de modo a imitar um caixão. Os defuntos eram velados em casa ( o velório consistia numa “ festa”,  isto é, as pessoas iam aparecendo ao longo da noite e …comiam , bebiam e…contavam histórias, sobretudo das que tinham a ver com o morto…era a forma de o homenagear pois, segundo o Eça, todas as pessoas, durante dez dias – dez – após a morte são sempre boas pessoas…) mas voltando à nossa história, havia o tal esquife onde as pessoas eram colocadas e nele eram transportadas , a pé , até ao cemitério, que ainda é anexo à Igreja. Ali era deitado o corpo para a campa, coberto de terra e lá ficava ( as “artes” funerárias, ou seja as campas bem ornamentadas só começaram a aparecer depois da emigração já que até aos anos 70, 80, as campas eram de terra e com um simples número de identificação). O esquife voltava para uma sala de arrumações que há ao fundo da Igreja à espera do morto que se seguisse

 Ora num desses funerais os homens que transportavam o esquife, numa das curvas da rua que levava ao cemitério calcularam mal o ângulo e bateram com o caixão nas pedras da parede. O esquife caiu ao chão, partiu-se e o falecido com a queda “ ressuscitou” ou seja, abriu os olhos e falou. ( devia ter tido uma paragem cardíaca e a queda funcionou como desfribilador…). Toda a gente a gritar e a fugir, assustada…a viúva ( o morto era homem) lá se agarrou ao marido e ainda viveram mais meia dúzia de anos, felizes…não para sempre mas até ao dia em que o homem “ voltou” a morrer.No dia do funeral e quando se aproximavam da curva onde da primeira vez tinham batido, ouve-se a voz, bem alta, da viúva, gritando : “ Cuidado com a esquina”…esta história contou-ma minha avó Glória, indicando o nome da família …e a esquina foi chamada de   “ esquina do morto” durante vários anos.
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Agora imaginem que havia PSP, MP e outros agentes……

Dorbalino Martins

PS: Agora havendo dinheiro e loucura quanto baste janta-se no Panteão com ou sem farra  de stripas .... coisas  (AS)



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