Desculpem lá, mas tenho
de comentar à minha maneira
Ele há cada um….então
não é que tenho sido bombardeado com uma noticia(?) que me deixou perplexo: a
PSP a mando do MP entrou por um velório dentro e…zás, levou os corpos dos
falecidos, perante o espanto e irritação dos velantes….são situações destas que
nos fazem pensar como era diferente o velório noutros tempos. Se não vejamos:
Princípio do séc XX .
Início dos a nos 20. Uma pequena aldeia no nordeste transmontano de seu nome
Larinho. Como todas as aldeias era pobre, mesmo muito pobre. Tão pobrezinha que
os moradores não tinha dinheiro para fazer os funerais com a pompa que hoje se
realizam. Havia um esquife de serviço publico ( penso que foi o serviço que
antecedeu o leasing….)ou seja, meia dúzia de tábuas pregadas de modo a imitar
um caixão. Os defuntos eram velados em casa ( o velório consistia numa “
festa”, isto é, as pessoas iam aparecendo ao longo da noite e …comiam ,
bebiam e…contavam histórias, sobretudo das que tinham a ver com o morto…era a
forma de o homenagear pois, segundo o Eça, todas as pessoas, durante dez dias –
dez – após a morte são sempre boas pessoas…) mas voltando à nossa história,
havia o tal esquife onde as pessoas eram colocadas e nele eram transportadas ,
a pé , até ao cemitério, que ainda é anexo à Igreja. Ali era deitado o corpo
para a campa, coberto de terra e lá ficava ( as “artes” funerárias, ou seja as
campas bem ornamentadas só começaram a aparecer depois da emigração já que até
aos anos 70, 80, as campas eram de terra e com um simples número de
identificação). O esquife voltava para uma sala de arrumações que há ao fundo
da Igreja à espera do morto que se seguisse
Ora num desses
funerais os homens que transportavam o esquife, numa das curvas da rua que
levava ao cemitério calcularam mal o ângulo e bateram com o caixão nas pedras
da parede. O esquife caiu ao chão, partiu-se e o falecido com a queda “
ressuscitou” ou seja, abriu os olhos e falou. ( devia ter tido uma paragem
cardíaca e a queda funcionou como desfribilador…). Toda a gente a gritar e a
fugir, assustada…a viúva ( o morto era homem) lá se agarrou ao marido e ainda
viveram mais meia dúzia de anos, felizes…não para sempre mas até ao dia em que
o homem “ voltou” a morrer.No dia do funeral e quando se aproximavam da curva
onde da primeira vez tinham batido, ouve-se a voz, bem alta, da viúva, gritando
: “ Cuidado com a esquina”…esta história contou-ma minha avó Glória, indicando
o nome da família …e a esquina foi chamada de “ esquina do morto”
durante vários anos.
Agora imaginem que
havia PSP, MP e outros agentes……
Dorbalino Martins
PS: Agora havendo dinheiro e loucura quanto baste janta-se no Panteão com ou sem farra de stripas .... coisas (AS)
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