No Seixal, a apresentação do livro
Memória e Vida em Tempos de Abril-
Estórias de Liberdade e de Libertação
Estórias de Liberdade e de Libertação
Nas diversas e amplas iniciativas para a celebração do aniversário da Revolução do 25 de Abril no Seixal foi incluída a apresentação deste livro.
A sessão realizou-se no dia 20 de Maio, na Galeria de Exposições Augusto Cabrita, contando com a apresentação da obra pelo Dr. Carlos Mateus e com a presença de Militares de Abril, como o ex-Furriel Miliciano da Escola Prática de Artilharia de Vendas Novas que participou nas operações do MFA, levadas a efeito para a tomada desta Unidade Militar. Por impossibilidade presencial do Capitão de Abril Andrade da Silva no evento, a saudação que enviou foi lida pelo referido ex-Furriel Miliciano.
Dado o carácter da iniciativa --- a apresentação de um livro onde se contam histórias de Abril, previa-se que a sessão fosse participada tendo em conta a ampla divulgação organizada pelos serviços do Município, o interesse manifestado pela Divisão de Cultura e Património, o elevado empenho das responsáveis da Biblioteca que asseguraram o excelente acolhimento da apresentação do livro, entidades quem reitero o meu agradecimento.
Tudo se conjugou para que corresse bem esta modesta mas feliz comemoração de Abril: o acolhimento de uma Autarquia de Abril a um livro de Abril; a apresentação do mesmo pela mesa com dizeres da experiência pessoal de Abril; uma plateia interessada e interveniente que, com muita emoção, fomentou o diálogo, contando as suas histórias do Tempo da Revolução e dos dias de Abril que guarda indissoluvelmente no seu coração e na sua memória.
Foi profundamente agradecida e emocionada que registei:
a intervenção de amigas que ali testemunharam a sua solidariedade para com a Reforma Agrária; amigas que, no seu local de trabalho, ajudaram a escoar os produtos que eram produzidos nas cooperativas;
o interesse da professora de História que queria saber como as coisas se tinham passado na fragata Gago Coutinho (e a pequena estória de uma gralha em comentário) antes de ser neutralizada pelo MFA;
a explicação minuciosa em rigor militar dada pelo meu amigo Vítor Pássaro acerca do papel da Escola Prática de Artilharia, no desfecho do caso da Fragata Gago Coutinho e no decorrer das operações até ao final da missão;
o apoio do povo de Almada e do Pragal aos militares da EPA;
os momentos de glória do regresso ao quartel que as populações por onde passavam lhes testemunhavam;
da emoção que Vítor Pássaro sentia, e que a voz não disfarçava, quando se dirigia ao então Tenente e depois Capitão Andrade da Silva, de que- foi seu instruendo.
a intervenção de amigas que ali testemunharam a sua solidariedade para com a Reforma Agrária; amigas que, no seu local de trabalho, ajudaram a escoar os produtos que eram produzidos nas cooperativas;
o interesse da professora de História que queria saber como as coisas se tinham passado na fragata Gago Coutinho (e a pequena estória de uma gralha em comentário) antes de ser neutralizada pelo MFA;
a explicação minuciosa em rigor militar dada pelo meu amigo Vítor Pássaro acerca do papel da Escola Prática de Artilharia, no desfecho do caso da Fragata Gago Coutinho e no decorrer das operações até ao final da missão;
o apoio do povo de Almada e do Pragal aos militares da EPA;
os momentos de glória do regresso ao quartel que as populações por onde passavam lhes testemunhavam;
da emoção que Vítor Pássaro sentia, e que a voz não disfarçava, quando se dirigia ao então Tenente e depois Capitão Andrade da Silva, de que- foi seu instruendo.
Para além dos amigos, amigas e familiares que me acompanharam neste dia, estiveram também outros militares de Abril, dando testemunho da sua participação nos acontecimentos.
Um deles, falou do papel que o MFA na Marinha desempenhou neste processo, referindo-se que estava ali, com o interesse de conhecer o livro e o que nele se regista.
Um outro, que referiu o Regimento de Engenharia da Pontinha, onde se instalou o Posto de Comando do MFA, o papel progressista desta Unidade Militar e a pouca visibilidade histórica que o Poder instituído lhe tem dado.
Ainda um outro, o Alferes Pauleta, que integrou a força militar comandada pelo então Tenente Andrade da Silva, no dia 7 de Março de 1975, em Setúbal, que evitou que a Polícia, às ordens do Major Casanova Ferreira, disparasse sobre o povo setubalense.
E tudo isto se recordou, se reviveu, se partilhou numa sessão com muita emoção e muito calor primaveril daquele Abril que ainda hoje nos inunda de plena alegria e ardor revolucionário renascido.
Um deles, falou do papel que o MFA na Marinha desempenhou neste processo, referindo-se que estava ali, com o interesse de conhecer o livro e o que nele se regista.
Um outro, que referiu o Regimento de Engenharia da Pontinha, onde se instalou o Posto de Comando do MFA, o papel progressista desta Unidade Militar e a pouca visibilidade histórica que o Poder instituído lhe tem dado.
Ainda um outro, o Alferes Pauleta, que integrou a força militar comandada pelo então Tenente Andrade da Silva, no dia 7 de Março de 1975, em Setúbal, que evitou que a Polícia, às ordens do Major Casanova Ferreira, disparasse sobre o povo setubalense.
E tudo isto se recordou, se reviveu, se partilhou numa sessão com muita emoção e muito calor primaveril daquele Abril que ainda hoje nos inunda de plena alegria e ardor revolucionário renascido.
Foi deste modo tão genuíno, refrescante, emocional e digno que se enalteceu os fazeres e os dizeres de Abril, os quais tomaram expressão de arte e representação através do músico, actor e professor Mário Barradas, que, em gesto solidário, ali esteve presente, evocando passagens do livro apresentado e declamando poemas de Sidónio Muralha e Ary dos Santos. São os jovens como o Mário que nos dão a certeza e a confiança de que Abril é o FUTURO.
São estes pequenos gestos de cidadania e amor por Abril que nos fazem dizer presente, hoje e amanhã.
Bem-hajam
Maria José
1 comentário:
Uma estória. Logo pela manhã Maria José Maurício MANDOU-ME um SMS porque havia um erro no texto. Pensei ser coisa grave,mas era uma gralha em vez de Gago, escreveu Fragata Cago Coutinho. Achei piada e uma gralha humorada que os correctores do Google não sinalizaram, porque está inscrita com esta definição:
ca.garkɐˈɡar
conjugação
verbo transitivo e intransitivo
calão expelir naturalmente (os excrementos) pelo ânus; defecar
verbo transitivo e pronominal
1. calão, figurado sujar(-se)
2. calão, figurado ter desprezo por (algo ou alguém); desprezar
Logo Maria José é só gralha, e, como dizia Camilo Castelo Branco as palavras existem são para serem usadas. Nada de atrapalhação. Os camaradas da Marinha te desculpam
bjnho
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