terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Edgar Silva - O HOMEM!






Edgar  Silva foi na Igreja Universal um REVOLUCIONÁRIO ao nível planetário, deixou a comodidade do sacerdócio para ser um Cristão sincero, seguir a Cristo, como nos ensinaram na Igreja Católica, no tempo em que fui Secretário Diocesana da Juventude Católica, e participei em retiros para jovens, dirigidos pelo Padre Vidal que depois acompanhou o bispo de Évora D. Maurílio, madeirense, que quando cónego contactei no Funchal. Também abandonei a Igreja Católica na minha juventude,pelos ricos terem no seu seio o estatuto de ricos, o que, Edgar recusou, indo para o seio dos pobres. Foi um revolucionário à 25 de Abril 74.
 
Edgar  Silva foi um revolucionário madeirense, como outrora, nomeadamente em 1800-1817 existiram. No meio militar um capitão, o único, Luís Almeida que recusou o jugo oficial inglês -A Madeira já esteve sob a bandeira inglesa; ou os agricultores da Ribeira Brava (1817)que se revoltaram contra a miséria, tendo, então, o governador da Madeira ordenado à Artilharia que abrisse fogo contra os revoltosos.
 
Edgar na senda desta gente juntou-se, efectivamente, em experiência participante aos mais desgraçados e desprotegidos - as crianças das caixinhas que pediam esmolas e estavam sujeitas a servirem de pasto a todos os apetites de estrangeiros e outros. Libertou-as, fez dessas crianças cidadãos. É um HERÒI, à 25 de Abril, então, corajoso, destemido, seguindo a sua consciência. Não pertencia a nenhum partido.
 
Depois juntou-se, como independente e depois como militante do PCP às lutas dos comunistas da Madeira, coisa bem diversa de ser comunista em Lisboa ou no Alentejo, e travou uma luta tremenda contra o jardinismo, esteve em muitas lutas e ajudou a criar um grupo parlamentar do PCP, algo de muito heroico. Como Revolucionário não o vejo subjectivamente a apoiar qualquer ditadura do mundo, e um dia a sua autoconsciência falará mais alto, a não ser que a sua coragem seja derrotada. Também acontece e, não raras vezes.
 
Para mim Edgar  Silva está na senda dos que considero heróis: Leónidas, Spartacus, Cristo, Vasco da Gama, os tanoeiros Lisboa (1383) Camões, Machado Santos (1910), Ghandi, Luther King, Mandela, os trabalhadores agrícolas alentejanos, Salgueiro Maia, Vasco Gonçalves, Fabião.
 
Quanto à estratégia eleitoral nas presidenciais dos partidos discordo desde há mais de 30 anos, e, em 2013, chamei a atenção para estratégias alternativas em curso entre nós, como o Congresso das Alternativas Democráticas com ancoragens muito evidentes, donde saiu o candidato Sampaio da Nóvoa, but ...ouvidos surdos, ou outras eram as estratégia, como sempre têm sido, logo ...
 
Mas ultrapassado este período eleitoral, espero e desejo, para bem de Portugal, do 25 de Abril, que Edgar  Silva seja um dia, em breve, um Revolucionário, em termos políticos e sociais Nacional, Europeu e Mundial, e que a Coragem, o Heroísmo nunca lhe faltem para ser coerente e um heroico continuador do Herói Madeirense Edgar da Silva, cuja história poucos, muito poucos, conhecem.
 
Naturalmente, que um humanista, um revolucionário não poderá acompanhar esta Europa, esta ONU,nem as politicas belicistas, todavia, este mesmo Revolucionário compreenderá que o seu Povo, Portugal, vive no meio de um charco caótico de violência internacional e nacional ( esta, muito esquecida) que exige uma estratégia que não nos isole, para não regressarmos a níveis de desconforto social, politico, mesmo das subsistências e económico próximos de Marracos.
 
A independência de Portugal foi comprometida com a destruição da Agricultura, retrocesso da industrialização, corrupção ( com esta, em muito, cerca de 20 a 30% da despesa pública total) e completa e trágica insegurança do sistema financeiro, em que só 1,2% dos depósitos abaixo dos 100 mil euros estão garantidos - ameaças, que associadas a outras e ao desemprego que a automatização vai provocar exige líderes revolucionários que com o seu povo descubram novos caminhos de efectivo renascimento do 25 de Abril 74 que não seja uma mera retórica, mas acções concretas, tolerância real, inteligência social, moralidade , audição do povo e o seguir um caminho comum rumo ao Futuro um presente -Futuro e não a nenhum presente-Passado.
 
But....coisas..
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16 Janeiro 2016
 
andrade da silva

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