segunda-feira, 6 de outubro de 2014

MOITA FLORES ACUSA DE BRONCOS, ESTÚPIDOS, IGNORANTES, QUEM?



O muito ilustre  professor catedrático Moita Flores, refere-se assim, no Correio da Manhã  de 5 de Outubro, aos "monstros" que dizem que aqueles funcionários de Salazar,denominados   Presidentes da República não o foram e, de facto ,não o foram a nenhum  título,como procurarei demonstrar ,sem paixão ou qb desta, mas com a razão e o ideal republicanos

Se o professor  fosse mais diligente e inteligente,logo veria que  nem a tal constituição de 1933 define Portugal como uma república, mas sim, como um estado independente .Na  de 1976.  o estado Português é definido como uma República. 

A República Portuguesa foi implantada pelos republicanos portugueses com um dado ideário: um governo do povo,para o povo e com o povo: ESTA É A REPÚBLICA PORTUGUESA ,de acordo com os seus fundadores, que vão ser  perseguidos  pelo Salazarismo/fascismo, que não respeita a matriz politica ideológica republicana portuguesa, muito alimentada na Revolução Francesa.Logo a legitimação da  1º República denuncia que  o golpe do 28 Maio pouco ou nada terá a ver com o ideal republicano.

Também não são Presidentes da República, porque mesmo à luz da Constituição de 1933,teriam de SER ELEITOS PELA NAÇÃO, e não o foram, são usurpadores. A Nação é:
"do latim natio, de natus (nascido), é uma comunidade estável,historicamente constituída por vontade própria de um agregado de indivíduos, com base num território, numa língua, e com aspiraçõesmateriais e espirituais comuns." só a definição de cidadão do artigo 4º da actual Constituição cumpre este desidrato, logo, sendo o chefe do Estado Novo/fascista, nomeado por Salazar, como todos sabem, e referendado por parte do povo, em eleições fraudulentas, aqueles "grandes funcionários" do fascismo nunca poderiam ter sido Presidentes da República, evidencia total, mas sim "grandes funcionários" do salazarismo/fascismo para desempenharem a função de Chefes do  Estado Novo/fascista,e. nesta dimensão histórica,social e politica, existiram, ou seja,como  "grandes funcionários" do fascismo, nomeados por Salazar, para apoiarem Salazar e o perpetuarem no poder, contra a Nação, logo a República, e tinham de  o fazer de um modo submisso e  acrítico. Logo que criticavam era um vento que lhes dava, como aconteceu com Craveiro Lopes. Um diferente,dos demais "Grandes funcionários" de Salazar.

E ainda pela  matriz ideológica e politica, se a lógica não é uma batata, então, como entender que os Republicanos, com raiz histórica, consubstanciada numa longa prática,levassem   cacetada,quando queriam comemorar a república, isto é,  os Republicanos-os fundadores da República  -foram perseguidos, os monárquicos protegidos,e até vieram em socorro de Salazar , aquando do golpe de Botelho Moniz, por outro lado, também o salazarismo   ilegalizou centros republicanos,incluindo  a maçonaria, uma organização republicana,então, sem mácula etc,logo....

E, como entender ainda que, alguma vez, esses concidadãos  possam ter sido Presidentes da República com a capacidade de demitirem Salazar, se Américo Tomás recebe os conspiradores do Golpe Botelho Moniz,que a ele se dirigem com Craveiro Lopes,e a única coisa que esse suposto Presidente da República é capaz de fazer, é comunicar ao caudilho civil do dito estado novo-Salazar-a trama, para que seja Salazar a abortar o golpe, demitindo de Ministro do Exército Botelho Moniz, que bem mereceu, por ser  lento e cometer disparates de recruta,logo....

Ainda o ilustre professor faz um apelo a uma plêiade de historiadores livres, cultos,corajosos para se lançarem na produção de uma história Nacional, não de escribas e prostituída, também faço esse apelo, há anos, na esperança que Moita flores não se inclua, ou seja incluído nesse grupo, e que, sobretudo, ele e outros tais não façam  a história apócrifa  do  25 de Abril,como, por certo, aconteceria consigo,que  quando,por exemplo,  diz  que ninguém poderá falar do 25 de Abril sem falar de Mário Soares, Melo Antunes,Spinola, Cunhal e Otelo,(e quanto se tinha de falar destes e de que modos?) Moita Flores esquece-se de Vasco Gonçalves, com uma importância a anos Luz de Otelo no PREC,em que Otelo, para além de ir dormir nos momentos cruciais: 11 Março e 25 Novembro 75, muito pouco terá feito, but... coisas...

Obviamente, que seria um crime,uma estupidez  apagar a história,mas é um imperativo categórico (será que Moita Flores sabe o que é) denominar cada período da história com os seus significados e significantes adequados, para evitar a corrupção do regime republicano, e respeitar os heróis e os mártires que são cidadãos épicos, que se libertaram da lei da morte, e nada têm a ver com estes burocratas de sempre.

 Louvo-me no comportamento épico de Machado Santos e dos republicanos que o acompanharam,na Rotunda,por sinal, mais da Carbonária;  em Salgueiro Maia e no Povo de Abril, no meu caso, no dia 25 de Abril 74,sobretudo, no do Pragal/Almada que nos alimentou entre 25 e 27 de Abril e no do Pragal a Vendas Novas que nos vitoriou,e, depois, em todo o povo-povo.

A petulância do sr.DOUTOR MOITA Flores é  simplesmente pó da história, preguiça intelectual, um  défice  elevado  em inteligência   fluída, pensamento inovador e multi-dimensional  e baixa interacção sináptica,  ou outras coisas...enfim... passará....

 Apesar da luta desigual , para que conste aqui deixo testemunho que os vampiros e os coiotes apagarão,mas fica de pé o Argumento que é  luta e  é do cidadão e não de nenhum  partido.

Concidadãos!

andrade da silva




1 comentário:

andrade da silva disse...

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