O muito ilustre
professor catedrático Moita Flores, refere-se assim, no Correio da
Manhã de 5 de Outubro, aos "monstros" que dizem
que aqueles funcionários de Salazar,denominados Presidentes
da República não o foram e, de facto ,não o foram a nenhum
título,como procurarei demonstrar ,sem paixão ou qb desta, mas com a
razão e o ideal republicanos
Se o professor fosse mais diligente e inteligente,logo veria
que nem a tal constituição de 1933 define Portugal como
uma república, mas sim, como um estado independente .Na de
1976. o estado Português é definido como uma República.
A República Portuguesa foi implantada
pelos republicanos portugueses com um
dado ideário: um governo do povo,para o povo e
com o povo: ESTA É A REPÚBLICA PORTUGUESA
,de acordo com os seus fundadores, que vão ser
perseguidos pelo Salazarismo/fascismo, que não respeita
a matriz politica ideológica republicana portuguesa, muito alimentada
na Revolução Francesa.Logo a legitimação da 1º República denuncia
que o golpe do 28 Maio pouco ou nada terá a ver com o ideal
republicano.
Também não são Presidentes da República,
porque mesmo à luz da Constituição de 1933,teriam de
SER ELEITOS PELA NAÇÃO, e não o foram, são usurpadores. A Nação
é:
"do latim natio,
de natus (nascido), é uma comunidade estável,historicamente
constituída por vontade própria de um agregado de indivíduos,
com base num território,
numa língua,
e com aspiraçõesmateriais e espirituais comuns." só
a definição de cidadão do artigo 4º da actual Constituição cumpre
este desidrato, logo, sendo o chefe do Estado Novo/fascista, nomeado por
Salazar, como todos sabem, e referendado por parte do povo, em
eleições fraudulentas, aqueles "grandes
funcionários" do fascismo nunca poderiam ter
sido Presidentes da República, evidencia total, mas sim
"grandes funcionários" do salazarismo/fascismo
para desempenharem a função de Chefes do
Estado Novo/fascista,e. nesta dimensão histórica,social
e politica, existiram, ou seja,como
"grandes funcionários" do fascismo, nomeados por Salazar,
para apoiarem Salazar e o perpetuarem no poder, contra a Nação, logo a
República, e tinham de o fazer de um modo submisso e acrítico. Logo
que criticavam era um vento que lhes dava, como aconteceu com
Craveiro Lopes. Um diferente,dos demais
"Grandes funcionários" de Salazar.
E ainda pela matriz ideológica e politica,
se a lógica não é uma batata, então, como entender que os Republicanos,
com raiz histórica, consubstanciada numa longa prática,levassem
cacetada,quando queriam comemorar a república, isto é, os Republicanos-os
fundadores da República -foram perseguidos, os monárquicos protegidos,e
até vieram em socorro de Salazar , aquando do golpe de Botelho Moniz, por outro
lado, também o salazarismo ilegalizou centros republicanos,incluindo
a maçonaria, uma organização republicana,então, sem mácula etc,logo....
E, como entender ainda que,
alguma vez, esses concidadãos possam ter sido Presidentes da República
com a capacidade de demitirem Salazar, se Américo Tomás
recebe os conspiradores do Golpe Botelho Moniz,que a ele
se dirigem com Craveiro Lopes,e a única
coisa que esse suposto Presidente da República é capaz de fazer,
é comunicar ao caudilho civil do dito estado novo-Salazar-a trama,
para que seja Salazar a abortar o golpe,
demitindo de Ministro do Exército Botelho Moniz,
que bem mereceu, por ser lento e cometer disparates de
recruta,logo....
Ainda o ilustre professor faz
um apelo a uma plêiade de historiadores livres,
cultos,corajosos para se lançarem na produção de
uma história Nacional, não de escribas e prostituída,
também faço esse apelo, há anos, na esperança que Moita flores não se
inclua, ou seja incluído nesse grupo, e que, sobretudo, ele
e outros tais não façam a história apócrifa do 25 de
Abril,como, por certo, aconteceria consigo,que quando,por exemplo,
diz que ninguém poderá falar do 25 de Abril sem
falar de Mário Soares, Melo Antunes,Spinola, Cunhal e
Otelo,(e quanto se tinha de falar destes e de que modos?) Moita
Flores esquece-se de Vasco Gonçalves, com uma importância a anos Luz
de Otelo no PREC,em que Otelo, para além de ir dormir nos momentos cruciais: 11
Março e 25 Novembro 75, muito pouco terá feito, but... coisas...
Obviamente, que seria um
crime,uma estupidez apagar a história,mas é um
imperativo categórico (será que Moita Flores sabe o
que é) denominar cada período da história com os seus
significados e significantes adequados, para evitar a corrupção do
regime republicano, e respeitar os heróis e
os mártires que são cidadãos épicos, que
se libertaram da lei da morte, e nada têm a ver
com estes burocratas de sempre.
Louvo-me no comportamento épico
de Machado Santos e dos republicanos que o acompanharam,na
Rotunda,por sinal, mais da Carbonária; em Salgueiro Maia e no
Povo de Abril, no meu caso, no dia 25
de Abril 74,sobretudo, no do Pragal/Almada que nos alimentou entre 25
e 27 de Abril e no do Pragal a Vendas Novas que nos vitoriou,e,
depois, em todo o povo-povo.
A petulância do sr.DOUTOR
MOITA Flores é simplesmente pó da história, preguiça
intelectual, um défice elevado em inteligência
fluída, pensamento inovador e multi-dimensional e baixa
interacção sináptica, ou outras coisas...enfim... passará....
Apesar
da luta desigual , para que conste aqui deixo testemunho que os
vampiros e os coiotes apagarão,mas fica de pé o Argumento que é luta e é do cidadão e não de nenhum
partido.
Concidadãos!
andrade da silva
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