quarta-feira, 21 de novembro de 2012

PALESTINA




À Palestina, ao seu Heroico Povo Assassinado
Às Crianças vítimas inocentes dum ódio maldito



Os mortos respiram ainda nos meus olhos
Na minha boca ecoa a sua voz
Esfacelados os corpos por escolhos
Estremecem entre as mãos de todos nós.
Morrem ao seio das mães as crianças
Eram estrelas de vida sorridentes
Para quem só existe escuridão
Queimados corpos lembram andorinhas
Que ao azul do vôo não mais se elevarão.
Eu morro em cada corpo calcinado
O meu olhar cegou de tanto ver
Nunca mais uma aurora sobre um prado
Trará a cor da vida a renascer.
Mesmo o poente que loiro pousa em tudo
Ou o bravo oceano de onda forte
Trarão à vida os olhos de veludo
Gelando em mim em iras contra a morte!


Marília Gonçalves


2 comentários:

andrade da silva disse...

Um poema sublime apesar da grande dor... MY GOD !este vil mundo,mas que também é belo.
abraço
asilva

rosalina disse...

abraço de tristeza e revolta contra este massacre.
partilho no meu blog. obrigado marília, obrigado joão.