Tarde de 11
de Agosto 2012, estou no quintal da casa da minha irmã, no Funchal, por cima de
mim a abóboda celeste, azul, azulíssima; à minha frente o jardim e mais além
umas nesgas daquele mar azul e limpo, e, aqui, por perto o rambo e a diana, cães,
cá da casa, dormem , enquanto , corre uma aragem fresca, bonançosa.
Neste dia
muito quente, a 72 horas de partir para a braseira de Lisboa, gozo, de um modo orgástico,
esta brisa ao entardecer, sinto-me no melhor lugar do mundo: numa completa harmonia
e plenitude. O meu mundo , por agora, é somente este prazer sensitivo,
orgástico, e, como touro que sou, penso em muitas luas.
Olho para
dentro e fora de mim, e penso que se pudesse levar comigo não levaria nenhuma
lua da Madeira, há tantas em Lisboa e no Tejo; não levaria as paisagens, apesar
de muito belas, há também tanta linda paisagem por esses e outro mundos, em
fora; nem sequer levaria a água do mar, apesar de límpida e relativamente
quente, também por sesimbras encontro águas belíssimas, embora mais frias, mas,
sim, a levar - levaria a benignidade do clima e a
luminosidade até às 21 e tais. Sim! Isto levaria.
O calor e o
frio do Continente nunca foram meus amigos, e continuam a não ser.
Mas querida
Madeira deixo-te a ao clima com grande dor e saudade, e nem sequer as luas, porque
estão para além do meu firmamento, me
atenuarão esta dessorte de madeirense ausente, por terras de santa Maria.
Adeus Madeira!
Quintal da
minha irmã no Funchal 11 de agosto de 2012
andrade da
silva
2 comentários:
aqui em França Capitão essas belas flores, chamam-se Aves do Paraíso
é esse um pouco seu estado de espírito enquanto contempla a sua Ilha, A Bela Pérola do Oceano.
Aproveite bem e guarde no cofre da memória cada tonalidade, cada olor da Madeira
Marília
Na MADEIRA são as estrelicias, mas estão no meio de um paraíso.
obrigado
abraço
asilva
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