A Cidadania e
a co-fundação de Abril a tanto, quanto a contragosto, me obrigam a usar a liberdade de expressão, para referir
o meu pensamento diverso do de outros,
mas tão legítimo, como todos os demais.
Abril não é
exclusivamente dos que o fizeram, mas muito menos é propriedade ideológica,
histórica ou sacrificial dos que longe estavam do epicentro, ou, pior, só o
encontraram depois de ter nascido vitoriosamente, tendo como parteiro o MOVIMENTO DAS FORÇAS
ARMADAS – MFA.
Queria falar dos mostrengos
que se tornaram estadistas na Europa,
todavia a publicitação da Depressão na receita fiscal, leva- me a abordar esta
questão.
Assim, narra, o publicitado: a despesa com pessoal ao serviço da Nação diminuiu,
e vai diminuir mais com o confisco dos 13º e 14ºmeses, dos servidores de estado
; outras despesas também diminuírem, todavia será preciso analisar o valor ou desvalor dessa contenção, perante
os resultados na saúde, na escola, por técnicos independentes e talvez mesmo internacionais ( é preciso diagnosticar os eventuais resultados nefastos, como mais mortes, mais sofrimento, no SNS, ou maior incompetência académica à saída do
enino oficial. Todavia isto levará anos a avaliar); a receita do IRS aumentou; o governo Português
paga cada vez mais aos especuladores internacionais, pelo que para os falcões e cínicos e o governo tudo
está bem, naturalmente para a troika também estará, porque este governo aperta
o garrote a quem trabalha, logo tudo vai bem.
Devia-se acrescentar
que o aumento da receita do IRS terá também a ver com os novos impostos sobre
os servidores do Estado e os pensionista, em que alguns contribuintes ainda
tiveram de pagar, para além da sobretaxa pela
supressão de parte do 14ªmês, mais umas centenas de euros, aquando o
reembolso/repagamento de IRS. Para muitos em cujo grupo me incluo foi pagar
mais imposto- uma sobretaxa de resultado (?) ( não sei o que seja. Telefonei
para as finança, levei o rótulo de ignorante e fiquei sem saber o que seja esta
maldita sobretaxa. Lá me vou deslocar ao serviços)
Porque estamos no verão
, em Agosto, os porta-vozes dos partidos
limitaram-se a repetir discos riscados
e, sobretudo, o PS que, em vez de mudar
de atitude, e reconhecer que o que está em causa é a globalidade desta
politica, a do governo, a da troika, e
da Europa, limita-se a pedir ao governo,
para que se explique, quando o governo
nada poderá explicar, porque como diz Miguel Beleza tudo o que se está a fazer
é meramente experimental – Portugal é o laboratório, nós, os portugueses, as
cobaias.
Estamos no verão, e
todos limitaram-se a debitar o mais
evidente: uns o desemprego, a falta de investimento público; o PS nada sabe,
nada tem a ver com isto; o PSD está tudo como era esperado, para Miguel Beleza o estado Português fez o que devia,
para ele talvez seja de admitir um défice superior ao previsto, e louva o governo que pela primeira vez, desde o
estado novo, conseguiu diminuir a despesa com o pessoal, o que é verdade, e com
igual verdade, como no Estado Novo conseguiu-o
com medidas ilegais e inconstitucionais de Confisco. Mas louvo-me na grande descoberta e pertinência
politica e cientifica de Miguel Beleza , porque, como no Estado Novo, o acto que se louva foi
praticar a ilegalidade, desrespeitar a Contituição contra os servidores do Estado e pensionistas, para
se cumprirem as metas de sufoco e morte dos países periféricos.
Para este mui ilustre
economista só é extraordinário o nível de desemprego, perante o que se limita a dizer, que não era previsível,
mas que está aí, logo…, ponto, e,
agora? Nada diz, nenhuma ideia.
Fala ainda
que estes programas de ajustamento devem ser curtos em tempo para
evitarem a fadiga, todavia não diz uma palavra sobre as taxas de juro
especulativas que deviam ser denunciadas, e negociados outros juros, nada sobre
a injustiça fiscal, nada sobre a corrupção; nada sobre o modelo global para que
estamos a caminhar, isto é, tudo isto é casuístico, é navegação à vista.
Mas como se pode pedir
tanto, a tantos portugueses, a 6.666.666,
sem uma visão de Futuro, sem nenhuma garantia, nem sequer
a de um comportamento moral, politico e governativo , exemplares, o que, sucessivos
acontecimentos revelam não ser a marca
de água deste governo, como do seus antecessores.
Em Portugal, como na
África do Sul, temos um Constituição Magnânima, mas como o Bispo DesmondoTutu diz, na
África do Sul, ou o Bispo Januário Torgal diz em Portugal - nos
corredores do poder ( lá, como cá ),não estão os melhores líderes e concidadãos
para realizarem tais desígnios. Desgraçadamente é assim.
Para Portugal o
imperativo Nacional é que o PS faça o
que nunca fez, ou seja: quebre a aliança que mantem desde 1976 com o grande
capital, e lute por uma sociedade economicamente eficaz, justa que promova a
DEMOCRACIA, A LIBERDADE, A DIGNIDADE HUMANA, O DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO E UM ESTADO DE DIREITO AO SERVIÇO DO POVO.
Mas se no PS, por desgraça, desgraçada, não for possível fazer esta revolução que, então, nasça destes escombros
os cidadãos capazes de mudarem o país, dando uma dimensão politica, num estado Democrático
com Democracia, às justas propostas e
anseios dos portugueses e trabalhadores que lutam nas ruas, através da
mobilização sindical e de alguns partidos, nomeadamente do PCP e do BE.
Estas novas lutas politicas, pela sua essencialidade,
nunca deveriam ser ignoradas pelos governos, mas por uma questão maior, de matriz , sobretudo, da Construção de
um futuro que não seja um regresso ao passado, o PS não pode refugiar-se nos discursos
ambíguos, no palavreado, mas SIM, TEM DE
APRESENTAR UM NOVO PROJECTO DE SOCIEDADE, que bem poderia ser um salto para
cumprimento da Constituição DA REPÚBLICA.
Todavia, parafraseando o escritor israelita David Gossman, que quanto a Israel, diz que há um congelamento do pensamento
politico; em pró politica sionista, ou no seu inverso.Também aqui, em
Portugal, 5 milhões de concidadãos têm a sua posição politica-ideológica
congelada em torno dos partidos parlamentares e os outros 5 milhões nada querem ter a ver com o seu futuro e do
seu país, logo, aqui estamos e por quantas
décadas, aqui , ainda vamos continuar, ou para onde caminhamos?
PORTUGAL!....
andrade da silva
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