quarta-feira, 4 de abril de 2012

ABRIL MORRE: PORTUGAL ESTÁ BIPOLAR. (NÃO É, ESTÁ)



Uns rapazinhos brincam no twitter que houve um golpe de estado em Portugal e que a Espanha nos invadiu, e, neste mundo absolutamente psicótico,  milhões de pessoas se agitam.

 Aqui, se diz, que Abril está a morrer, e que nem sequer vai ser preciso  golpe de estado para regredirmos, mas  que se precisava sim, para O salvar  que o lugar da burguesia arrogante e diletante fosse ocupado por povo genuíno e, enfim, é o que se vê. Oh Povo!

Todavia, com  cada vez mais  burgueses, mais presunçosos e afastados do POVO e da realidade do país, a querem ser os transformadores da realidade social,  e a imporem verticalmente a sua visão seja qual seja  -ABRIL MORRERÁ ! 

Isto ACONTECERÁ... fica dito.

 A posteridade nos JULGARÁ, e esta posteridade pode ESTAR à distância de uma pedra - 5, 10, 15 anos, ainda podemos estar vivos, se o Serviço Nacional de Saúde não morrer antes, não por causa das taxas moderadoras, mas como agora os distraídos devem começar a perceber pela substituição de medicamentos, dos piores pelos melhores, ou dos melhores pelos piores, ou por equivalentes entre si, face à pessoa concreta, variável  esta muito importante?

Como desde há muito tempo, não tenho tomado a nuvem por Juno,  o que aqui se diz, não é desesperança é, pelo contrário, um alerta a quem defende e quer o Portugal de Abril, para o que se deve   fazer -  descer até ao POVO, para sobretudo OUVI-LO, e não para lhe dar um ror de soluções que para muita gente é um HORROR.

É preciso ler os comportamentos das pessoas desde as frutarias aos hospitais. É preciso perceber os efeitos desestrutadores que a propaganda está a ter.

 Agora passamos do comportamento eufórico para o de completa depressão.  Ao ponto de se ouvir por todo o lado -  não posso gastar mais de x euros nestas compras -  não porque se tenha feito o devido planeamento, mas porque é preciso não gastar, o que no limite põe em causa a saúde pública, pois comer  carne de porco, porque é mais barato que o peixe; ou batatas, porque a verdura é cara; ou não se comer iogurtes,  porque não se morre e é preciso poupar, pode ser o caminho para uma grave perda da saúde pública  que é um grande investimento nas pessoas, mas também no país.

COISAS.... que estão a acontecer.

Finalmente é preciso dizer com toda a clareza que a esperança  muito evocada, é, em si mesma,  um comportamento estático, ineficaz, se não estiver associada à ação decidida. Agindo devemos ter esperança  de alcançar o que se pretende, tendo esperança e não agindo caímos na categoria dos que confiam na virgem e não correm, chegam sempre depois, ou nem sequer chegam….

Enfim… COISAS…

andrade da silva


2 comentários:

Marília Gonçalves disse...

caríssimo
num muito velho poema meu, que tentarei encontrar quando o pouco tempo de que disponho mo permitir, afirmava, nessas jovens certezas que nos assaltam no verdor da idade, em dois versos a finalizar um poema a diferença entre esperança activa e esperança passiva e suas consequências. Agora, décadas depois continuo a ter esse mesmo ponto de vista, na certeza porém, que sem esperança, apenas fica o escuro, a ausência de uma centelha de luz ao fim do túnel. E quem tenta avançar em tais condições? Avançar sim; mas a acreditar no projecto que a sangue e lágrimas se esboçou
Até sempre onde estiver Abril
Marilia

andrade da silva disse...

Verdes anos tive-os há muitos anos. Comandei gente pelos caminhos da morte também com a motivação que os ia trazer vivos, palmilhei caminhos com a motivação transcendental que ia vencer, parti sempre nunca fiquei na margem e nas minhas acções no Alentejo, como em toda a minha vida militar nunca ninguém ficou para trás ou sequer disse estou cansado. Partíamos e sabíamos que chegaríamos tínhamos coragem , decisão e a certeza que sob uma boa liderança competente e moral Nâo HÀ MORTE QUE NOS VENÇA As centenas de filhos do povo que comandei conhecem a minha cara, o que pensava e eu também o pensamento de cada um deles: OUVIA-OS em longas conversas e em avaliações por escrito e mudava umas coisas e esclarecia outras, mas OUVIA_os, como hoje oiço gente anónima que não me conhece de lado nenhum e vá lá saber-se porque contam a sua história uma delas, aqui no blogue contada a do campeão.
lerei com todo o gosto o poema. Defendo a esperança activa, ninguém parte se não tiver uma motivação, mas nós os militares sabemos que muitas vezes,agora menos, partíamos e íamos chegar a nenhures, íamos chegar à morte SEr soldado é algo de muito diferente O SOLDADO POR AMOR A VALORES MUITAS VEZES PARTIA PARA A MORTE PARA DAR VIDA. Morreram muito militares a lutarem contra o fascismo, o que é uma realidade que se oculta mas de que vou falar neste Abril.
obrigado
asilva