Aqui debate-se Política, Sociedade, Cultura, Ciência e Conhecimento, no respeito de todos por todos. Democrática e Livremente. É CIDADANIA.
Contactos: liberdadeecidadania@gmail.com
CONTINUAR E APROFUNDAR O 25 DE ABRIL 74 COM MAIS E MELHOR DEMOCRACIA, DEFESA DA DIGNIDADE HUMANA E DESENVOLVIMENTO CULTURAL,SOCIAL, ECONÓMICO E ECOLÓGICO -
Quem pudera ter de novo Aquilo que nunca tive Esse sorriso que louvo E que tão cedo perdi Quase dele não me lembro Senão como sonho terno Que escrevo com tanto assombro Entre as folhas dum caderno.
Mas este caderno de hoje É meu caderno de outrora Quando a escola era o modelo Do saber e do futuro Que nunca chegou a ser Por tão cedo mo roubarem Bandoleiros sem vergonha Que meu ninho arremessaram À miséria e à peçonha.
Sabem o que é ser menina Ter lar, família e amigos Recantos em casa, livros Essa fonte de magia Onde tudo acontecia?
Quando deixei minha casa Pensava poder voltar Mas arrancaram-me a asa Nunca mais soube voar.
Perdi-me de minha casa De meu lar e dos meus livros A força da minha asa O vigor que afasta perigos
A que fui, tão menininha Não teve direito a ser Perdi essa escrivaninha Onde eu aprendera a ler Onde estudava as lições Do futuro do meu dia E ao perder a escrivaninha De mim mesma me perdia.
Afastei-me do caminho Onde a vida decorria Oiço por vezes baixinho Como velha melodia Uma história inacabada Que nunca chegou a ser E eu perdida na estrada Não mais a consigo ver
2 comentários:
25 de Abril Sempre e Para Sempre
ACORDAI
Marília Gonçalves
Nos Caminhos para Abril
A Vida das Criancinhas
E os
BANDOLEIROS FASCISTAS
Quem pudera ter de novo
Aquilo que nunca tive
Esse sorriso que louvo
E que tão cedo perdi
Quase dele não me lembro
Senão como sonho terno
Que escrevo com tanto assombro
Entre as folhas dum caderno.
Mas este caderno de hoje
É meu caderno de outrora
Quando a escola era o modelo
Do saber e do futuro
Que nunca chegou a ser
Por tão cedo mo roubarem
Bandoleiros sem vergonha
Que meu ninho arremessaram
À miséria e à peçonha.
Sabem o que é ser menina
Ter lar, família e amigos
Recantos em casa, livros
Essa fonte de magia
Onde tudo acontecia?
Quando deixei minha casa
Pensava poder voltar
Mas arrancaram-me a asa
Nunca mais soube voar.
Perdi-me de minha casa
De meu lar e dos meus livros
A força da minha asa
O vigor que afasta perigos
A que fui, tão menininha
Não teve direito a ser
Perdi essa escrivaninha
Onde eu aprendera a ler
Onde estudava as lições
Do futuro do meu dia
E ao perder a escrivaninha
De mim mesma me perdia.
Afastei-me do caminho
Onde a vida decorria
Oiço por vezes baixinho
Como velha melodia
Uma história inacabada
Que nunca chegou a ser
E eu perdida na estrada
Não mais a consigo ver
Marília Gonçalves
Enviar um comentário