domingo, 15 de janeiro de 2012

ENCRUZILHADA ( parte 2): CONTAGEM DECRESCENTE PARA O NOSSO MODO DE VIDA, CONTAGEM CRESCENTE PARA A “CHINISAÇÃO” DO MUNDO.


              ( Foto revista Visão. Círculos áreas de expansão os negócios da China)

                                       " Conclusão"

Falo da “chinisação” da Europa desde 2008, porém poucos deram atenção a isso, consideravam que a China era um regime comunista aplaudido pelos comunistas, fechado sobre si, e ponto. Hoje, os capitalistas têm a China como a grande banqueira e base territorial e de braços humanos escravos para os seus negócios, e outros, que aplaudiam aquele regime ditatorial, lá vão dizendo que o capitalismo é que está a dar cabo da China. Embora de modo diferente do que pensam,  provavelmente o regime chinês vai implodir nas próximas décadas. Estando tão exposto ao exterior, dificilmente será possível manter uma ditadura política e cultural, mas lá, onde, vive 1/5 da população tudo poderá ser possível, mas…

Todavia, a realidade objectiva  é que a China, desde 1995 tornou-se um parceiro fundamental do Comércio, da economia e das finanças mundiais. Em 1995 as transacções entre a  China e os EUA/ Europa ( Alemanha, França) tinham um saldo zero, conforme o referiu Medina Carreira, no seu último programa com Judite de Sousa, mas  hoje o desequilíbrio favorável à China e aos países emergentes Rússia e Brasil é enorme, colossal,  com a agravante que é  a China que empresta o dinheiro aos EUA e à Europa para comprarem o combustível, a energia, o gás e os objectos transaccionáveis de que necessitam.

Como a foto, que acompanha este post, revela, e, contrariamente, ao que os distraídos dizem, não foram só as empresas  capitalistas que se deslocalizaram para China, mas também a China tem uma nova geo- estratégia mais total que de D. João II,  que com tratado de Tordesilhas, quis  dividir os interesses emergentes entre Portugal e Espanha,  isto é,   quererá  a China dividir o Mundo com alguém?

Não sabemos, o certo é que a China considera-se o Centro do Mundo, tem expandido os seus negócios e interesses, como os  vários círculos da foto representam para todas as partes do  globo.

 Agora chega a Portugal, a caminho da Europa, e em Portugal, a política chinesa será quase inevitavelmente a de eucalipto:  secar toda a industrialização do Ocidente, pois não há industria europeia e americana que resista  a uma sociedade de produção, baseada em 700 milhões de escravos que ganham 1€/dia, isto é, a estratégia económica Chinesa e de outros países emergentes têm, como consequência a desindustrialização da Europa e da América, que só poderá sobreviver, até que a China também alcance iguais ou superiores graus de excelência, em sectores de grande inovação tecnológica, muito robotizados, logo, com muito pouco emprego de mão de obra.

Com uma Europa e América desindustrializadas as consequências são evidentes: degradação das condições de trabalho, menores salários, menos direitos, em todos os campos -social, saúde, pensões para activos e pensionistas; mais horas de  trabalho e mais regalias para os empresários, o que,  corresponde à doutrina de iminentes economistas chineses que prevêem  que a China deve preparar-se, para alimentar os europeus com o envio de sacas de arroz.

Apesar deste dramático quadro todo este processo pode ainda sofrer agravamentos perigosos, isto é, o descontentamento geral, ou a incapacidade da China  em emprestar dinheiro aos Europeus e americanos para comprarem produtos; ou outros factores económicos, mas também sociais ou políticos podem levar a uma devastadora guerra económica.

Mas o que podemos fazer nós?

Em primeiro lugar  ver se conseguimos ser mais consensuais e analisarmos a realidade, pensarmos de um modo diferente, alterarmos o nosso quadro mental e congregarmos esforços para mudarmos os grupos dirigentes  ( as elites) em Portugal e a estrutura politica  que sustenta  sucessivas Governanças que não defendem os interesses do pais, nem se regem por regras de probidade, honradez, equidade, honestidade e competência. A sociedade portuguesa em que vivemos não está somente doente, está PODRE, altamente, contaminada pelo vírus da imoralidade, ou das imoralidades, desde a base (o povo) ao topo das elites.

Que fazer?

Extirpar a imoralidade que permite rendimentos imorais, como sejam ao lado de vencimentos de menos de 500€/mês, haverem gestores que estagiaram nos governos ou na Assembleia da República, jogadores de futebol, gente das TV , bruxos e traficantes de droga  que recebem de centenas de milhares  a milhões de euros/ano; mas também a impunidade – gente que é julgada, está condenada e não é presa, nem sequer afastada dos cargos públicos; a completa desresponsabilização, politica, moral, pecuniária e criminal pela gestão danosa em proveito próprio, de partidos ou de amigos; a total passividade perante a incompetência, a corrupção, o amiguismo e os esquemas, o que vale, é safar-se, ficar rico depressa, e parecer uma pessoa de bem e de sucesso. Os métodos, o atropelo de valores, da dignidade  das pessoas não contam mesmo nada.

 A REVOLUÇÃO MORAL, INTELECTUAL e da INTELIGÊNCIA  contra toda esta podridão é IMPERATIVA. É uma questão de sobrevivência,  em liberdade, para a Nação.

O nosso primeiro  contributo para evitar a tragédia mundial é mudarmos o nosso paradigma  cultural, politico e social, para o que, o País tem de descobrir entre os Portugueses outros grupos de liderança, diferentes dos actuais.

É preciso, na minha opinião, como disse no programa da TVI, comemorativo do 25 de Abril, reinventar a democracia ou soçobraremos sem este novo acto fundador, e esta tarefa é de todos e de cada   um  nós, até ao último suspiro da sua vida, com contributos, obviamente, diferenciados entre jovens e mais idosos, mas que deverão convergir para uma sociedade inclusa, sob o DESÍGNIO da Democracia, com Democracia, da DIGNIDADE HUMANA  e do DESENVOLVIMENTO.

Na próxima semana falarei de como uma governação diferente nos pode afectar positivamente, e ajudar a Europa, a olhar com algum cuidado para as bombas atómicas que lhe estão apontadas: a económica, mas também a demográfica.

12 Janeiro de 2012

andrade da silva

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