terça-feira, 22 de novembro de 2011

CANTO AO PORTUGAL DA HONRA E DO MÉRITO - A NOVA-EPUL UM CAMINHO.




Portugal já venceu grandes batalhas, mandou embora Filipes e Andeiros.  O povo  de Lisboa coroou D. João I, instaurou a República e todo o povo - o 25 de Abril, e, já, antes esta Pátria tinha feito os descobrimentos.

Também de terras pequenas nasceram grandes homens, entre outros, no Lavre, José Saramago re -nasceu escritor, pós 25 Novembro 75,  na casa da família Besuga e no contacto com João Domingos Serra, que lhe deu o material para escrever a obra " Levantados do Chão", e numa outra terra, muito pequena, Cortiçadas do Lavre, nasceram bebés que hoje são professores doutores e directores de faculdades. Grande proeza.

Mas também, aqui, por  Lisboa, a grande empresa municipal, a EPUL, era há 2 anos um gigante morto, arrastando-se pelas ruas da amargura, até que, com nova gestão baseada no saber-saber, no saber-fazer e no saber-ser, re-nasceu, e o  seu protagonista, é um capitão de Abril, o general Luís Sequeira.

O sr. General é um  meu camarada e amigo  há muitos anos, mas ele sabe tão bem, como eu, que nunca diria  uma palavra de elogio, se convictamente não acreditasse, ou não visse o valor da obra feita.

Quanto  a uma parte da  obra,  todos os lisboetas podem ver, como vi, quando integrado na manifestação do Movimento de 12 de Março, desci a  rua de S. Bento e, aí, como em outras zonas da cidade,  galhardamente, se apresentam edifícios antigos recuperados, o que, para mim é motivo de grande satisfação.

 Como cidadão e sociólogo urbano, a preservação da memória de  pedra construída é um acto histórico. De igual modo,  a actual sede a EPUL,um  antigo prédio, foi alvo de uma intervenção e situando-se junto à Quinta das  Conchas é um espaço paradisíaco, para no meio de Lisboa, se trabalhar.

De uma forma mais global tive a oportunidade de ver o fruto de uma gestão eficiente, eficaz e humanista, no relatório de contas do exercício de 2010, um   documento técnico que de, um modo geral, ninguém gosta muito de ler, porque é maçudo. Todavia neste caso juntou-se a técnica, as boas noticias e a arte, e o resultado é de um beleza plástica, literária e emocional ( o bom sucesso)  nada  comum neste tipo de documentos.

Mas,  o relatório é também  uma bela lição de economia, de como se pode fazer bem as tarefas: definindo bem as prioridades, sendo HONESTO, humanista na resolução dos problemas dos trabalhadores,  que de facto podem, apesar do seu valor humano e profissional,  a partir de um certa altura ou conjuntura, estarem a mais na empresa, e também na EPUL, isto, aconteceu, porém a obra mais importante que leva a EPUL a re-nascer, a emergir da sua situação de falida, esteve no corte das tais gorduras que, de facto, existem em muitas empresas, e, assim, aqui, para além da alteração do modelo de gestão: atacou-se as despesas com aluguer de um imóvel para sede, com o regresso a um prédio da EPUL, corte em telefones, viaturas e rompendo com contratos com empresas intermediárias para o imobiliário, assumindo por completo a EPUL as tarefas na área da arquitectura e na comercialização dos imóveis.

Como consequência desta nova gestão, apesar da grave contracção do mercado imobiliário, o exercício de 2010, apresenta um superavit, o que, é obra, muita obra, numa empresa antes tecnicamente falida.

Ainda,  como símbolo da alteração do padrão comportamental desta administração está a singeleza, quase franciscana,   dos gabinetes dos administradores. São dignos, muito dignos, mas sem nada de sumptuário, desde a dimensão, o mobiliário e os equipamentos, tudo de uma simplicidade digna do maior louvor, o que, se tem a ver com a personalidade do cidadão Luís Sequeira, tem  também uma ligação umbilical ao  perfil mais comum dos militares, cidadãos sóbrios.

Esta extraordinária experiência de gestão prova à saciedade que o comportamento honesto, isento, determinado, inteligente e sábio permite gerir melhor os bens públicos, para interesse de Portugal e dos portugueses.

 Muito  grave é que nem sempre se escolham os lideres das organizações com base no mérito, mas em outros interesses.

 Neste caso assim  não foi, honra à Câmara de Lisboa e à administração da EPUL. 


E ao meu camarada e amigo um grande abraço e a manifestação da maior alegria e gratidão, por estar a fazer bem a esta cidade, que, como Madeirense, amo muito: tem o rio a seus pés, colinas, Santo António, belos jardins,  muita história, está sob a protecção de Cristo- Rei ( onde, estivemos em 25 de Abril, para proteger o Salgueiro Maia, e fazer  a revolução, ou vender muito, muito, cara a derrota) e vento, muito vento que beija todas as flores e todas as belas, mui belas, mulheres deste Portugal.

Viva o RE-NASCER de uma empresa pública, o que, prova que as empresas públicas podem ter igual sucesso às privadas, ou mais, se seguirem padrões éticos, sóbrios e  competentes de gestão.

andrade da silva


PS: Muito sobre a EPUL fica por dizer, só a leitura do relatório do exercício de 2010 pode suprir essas lacunas e, aconselho, particularmente, essa leitura a gestores, mas também aos cidadãos em geral.

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