terça-feira, 18 de outubro de 2011

MEMÓRIA





                                       ALERTA N+6


“Para recordar. Um texto escrito em 13 junho de 2010. Chamo de Alerta N+6, porque é uma 2ª serie de alertas com um número  interminável. Mas há outros de 2008 . Bem-HAJAM os PORTUGUESES SURDOS e MUDOS, para dizerem as verdades . QUE DEUS OS GUARDE SEMPRE E LHES RESERVE UM LUGAR MUITO BOM NA ETERNIDADE.


A SITUAÇÃO ECONÓMICA E MORAL INSUSTENTÁVEL DE PORTUGAL. SIM , BUT…

A INSUSTENTABILIDADE DO PAÍS, OU DO TER?



Quanto à  insustentabilidade da situação portuguesa, é evidente que isto iria acabar mal, e ainda pode acabar  pior,   e quem o avisou em 1ºlugar foi o Gen. Vasco Gonçalves há 36anos, quando dizia que Portugal vivia acima das suas posses, o que, se agravou em muito, nomeadamente com os governos em que Cavaco da Silva foi Ministro ou primeiro-ministro. Como ministro temos no ano de 1981  um défice de 8.7  e no principio da década de 90 temos défices entre 6.3 e 8.1 com
Miguel Beleza e Catroga, consequentemente, o descalabro vem de longe.

Naturalmente que a situação é insustentável, porque hoje, de um  modo generalizado,  80% ou mais da alimentação da população  é importada,e também quase tudo como  plasmas , passando por automóveis e energia. São  gastos excessivos ,o que ,obriga a um sobreendividamento das famílias, através dos cartões de crédito. Facto que por sua vez leva os bancos e o governo a se endividarem junto da banca internacional para manter um nível de vida dos portugueses, completamente artificial.

Portugal com a sua baixa produção e produtividade, com a quase completa  destruição da produção agrícola, pescas e, mesmo, da industria, não pode suportar nem os vencimentos médios e muito menos o endividamento externo, para alimentar esta apetência consumista esquizofrénica dos portugueses que nos leva a ser dos maiores consumidores de plasmas, altas fidelidades e telemóveis etc.

Com a destruição de sectores importantes da nossa indústria tradicional, que não foram completamente recuperados por industrias tecnologicamente mais avançadas;  com a destruição da agricultura e pescas, dependemos para quase tudo do estrangeiro, mesmo nos produtos que exportamos vai incorporado muita material importado, pelo que feitas as contas à riqueza que entra pelo que exportamos, as receitas do turismo e as remessas dos emigrantes, e o que importamos: energia, alimentos, manufacturas,  
o défice á assustador.

 Para vivermos, de acordo com as nossas possibilidades, o défice externo deveria ser zero, como, aliás, deveria ser a dívida de todos nós. Ora, quem deve o carro, as férias, o comer que come, a roupa que veste, o telefone que usa  está  a viver acima, ou muita acima, das suas possibilidades.

Ora, isto é óbvio, e quem nos salva, ao mesmo tempo  nos mata, pois não há bons samaritanos, e quem nos empresta o dinheiro,  quer reavê-lo com significativo lucro, daí, que quando isto não pode ser satisfeito surgem as ameaças e os FMI, e a este imbróglio europeu em que nos meteram não podemos  fugir, como Jerónimo de Sousa refere na sua entrevista ao jornal I, ( discordo da sua posição e da sua visão quanto às eleições presidenciais, porque nunca 9% dos votos poderão levar qualquer candidato à 2ªvolta, é evidente).


Se não nos emprestarem dinheiro temos de viver, nós e o Estado, com o que temos, o que, seria um grande estrangulamento, mas o mais grave é que se tivermos de viver de  acordo com a riqueza que produzimos, o nosso vencimento médio teria de cair para o actual mínimo, e o mínimo para um nível ainda mais baixo. Deveriam fazer as contas e falarem-nos claro. Não serão estes 
os trágicos números que Cavaco da Silva conhece, mas mantém ocultos.

Mas tudo isto é por culpa da Europa?

Não,  obviamente, que não. A questão da insustentabilidade moral é Nacional, cá dentro,  aumentaram o saque do exterior, comandado pela Alemanha e França, mas sobretudo  o saque é feito através de um conjunto de empresas multi-nacionais, de  que , entre muitas outras, podem referir-se a   Sony, HP, Nokia, Nintendo, e as que se vão deslocando para a China, impregnadas de uma cultura organizacional totalmente despida de qualquer respeito pela dignidade humana.

Há mesmo quem diga que em muitas  multi-nacionais impera a ideologia nazi, pelos seus proprietários serem admiradores e, ou  sobreviventes do 3º Reich, interessados na instauração do IV. Mesmo que as coisas não vão tão longe, o certo é que aquelas empresas exploravam os chineses nas chamadas cidades-empresas,  obrigando-os  a 12 horas trabalho/ dia, num regime de produção semimilitar, com um vencimento mês de 100 euros, o que, levou a vários suicídios de trabalhadores chineses, apesar de serem gente habituada à pobreza e à crueldade.

Porque o dinheiro que circula em Portugal não corresponde a nada, a sua garantia é a União Europeia, se saíssemos da UE cairíamos a pique numa miséria inimaginável, por isto, temos de aguentar e perceber que se não produzirmos para consumirmos e exportarmos estaremos sempre em maus lençóis,  e neste trágico quadro lá nos vão safando os 700 mil emigrantes, sobretudo jovens licenciados e qualificados que nos deixaram, diminuindo a pressão social,  mandando divisas, mas também deixando o país mais pobre em  massa critica.

Todavia, o termos de ficar na UE vai-nos obrigar a fazer muito para que Portugal mude, o que, não acontecerá com o PS e PSD; mas também a uma grande aliança com o Povo Espanhol, Grego e o Francês, apesar dos franceses estarem a ser  poupados, para que a Europa mude e não se fascisze, o que, ainda pode ser mais difícil.

Vivemos numa grande ilusão que pode acabar numa grande tragédia, conquanto aqui não se façam profecias de fim de século, do Bandarra ou de Nostradamuz.

Tudo são cenários probabilísticos, alertas que  em vezes anteriores  com maior ou menor intensidade se verificaram, e que, agora, espero que se evite o desastre, e um dos modos  de o fazer, é desinquietar os espíritos, porque muitos,   como os que morrem nos jogos de computador- com os drones - do Sr. Obama, só dão por isso, quando já lhes vai um bracito pelo ar.

13 junho 2010
Andrade da silva

E em 29Maio 2010:

Dizia: TODAVIA, SE QUEM COLHER O FRUTO DESTE DESCONTENTAMENTO, FOR O SR. PASSOS COELHO. TRISTE, MISERÁVEL SERÁ O FUTURO DE PORTUGAL.  É IMPERATIVA UMA ALTERNATIVA AO PODRE ROTATIVISMO.
Foto de Fernando Barbosa



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