terça-feira, 15 de março de 2011

MEDIDAS DE EMERGÊNCIA





MEDIDAS DE EMERGÊNCIA PARA O EMPREGO, A (RE)QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DOS JOVENS E VISÃO PARA O FUTURO.

Nota: a 1º parte deste texto foi enviada para o e-mail dos organizadores da manifestação de 12 de Março. Os que estiverem de acordo partilhem, vão discutindo e divulgando as ideias por onde andam. É preciso trabalhar nas soluções, faço-o de um modo não sectário, aberto, republicano e de elevada convergência, logo…

Antes de se partir para o quer que seja, deve-se fazer um exercício metacognitivo para sabermos donde vimos, onde estamos e porque aqui chegamos e para onde vamos.
Assim, em traços largos, a situação de emergência, de crise, destruição de todo aparelho produtivo e total hipoteca aos bancos nacionais e internacionais a que chegamos, foi produzida por uma politica planeada e comandada do exterior para provocar os efeitos que estamos a viver, de que os governos portugueses foram dedicados executantes , pelo que, a saída deste desastre exige a ultrapassagem do actual modelo económico, politico, social, diplomático, de estilo de vida e profissional, o que, levará um tempo longo, por isso seria importante dividir as acções em dois planos: um de emergência para os próximos 5-10 anos, e um de longo prazo que só poderá ser uma verdadeira Revolução para se sair do actual paradigma.

CURTO PRAZO

PLANOS DE EMERGÊNCIA PARA NO CURTO PRAZO, SE GANHAREM OU NÃO PERDEREM COMPETÊNCIAS, FAZER FRENTE ÀS SITUAÇÕES DE DESESPERO E EVITAR A CRISE/ REVOLTA SOCIAL AO NÍVEL DAS GERAÇÕES DOS JOVENS; DOS SEUS PAIS E AVÓS.
Neste campo para os jovens seria:
- intervir para o imediato aumento, em quantidade e qualidade, dos programas de formação profissional, e estágios profissionais;
- melhoria e avaliação rigorosa de escolas e professores do ensino secundário ao nível das disciplinas matemática, português, física e química, cujos défices são motivo de reprovações sucessivas no Universitário;
- intervir para a melhoria da qualidade do ensino Universitário com avaliação dos respectivos catedráticos em que, em muitos casos perderam as competências mínimas para leccionarem, alguns face à sua idade muito adiantada. Deveriam ser jubilados o mais tardar a partir dos 65 anos de idade, o mesmo para os juízes, e gestores públicos
- para os licenciados desempregados há mais de um ano escolar, bolsas para todos para tirarem o 2ºciclo do ensino superior;
- revisão dos preços do 2ºciclo (mestrados);
- melhor apoio social aos universitários;
- execução imediata de um planeamento estratégico, para um horizonte mínimo de 10 anos, das necessidades profissionais do país;
- induzir, exigir que o IFPE tenha uma atitude mais activa na ajuda à procura do 1º emprego;
- o emprego tenderá a ser precário, mas o trabalho não o deve ser, e todos os trabalhadores devem ter iguais direitos;
- planos de médio prazo para a aquisição de novas competências profissionais dentro ou fora dos sectores onde se exerce a actividade profissional, de modo a que, todos possam acompanhar as mudanças do mercado de trabalho
- imediata diminuição da idade de reforma para os trabalhadores com 36, máximo 40 anos de serviço ou 60 de idade, durante os próximos 5, 10 anos no sector privado e público, mas se não puder ser em ambos, no público teria de ser, com negociação com os trabalhadores activos para uma maior participação para a segurança social ou para caixa de aposentações, de modo a arranjarem-se empregos para os mais novos, em vários sectores mas num muito importante no da docência;
- linhas de micro-crédito para apoio à formação profissional, a actividades no sector da economia e da social, nomeadamente nas actividades de apoio aos mais idosos, na da constituição de empresas unipessoais, sem esquecer a agricultura particularmente no apoio a quintas de produção ecológica, com bastante força de atracção junto de bastantes jovens
- apoio e negociação com países amigos na área da emigração jovem;
- na actual situação de crise e até à reindustrailização do país, o Estado terá de ter um grande papel ao nível do emprego jovem, sem a vinculação definitiva,
- mudar os estilos profissionais, dado que, hoje, a carreira profissional englobará vários empregos e muitas outras actividades remuneradas e não remuneradas;
- apoios fiscais significativos às empresas geradoras de novos empregos, com vantagens em igualdade de circunstâncias técnicas nos concursos do estado.
LONGO PRAZO

Exige uma enumeração mais aprofundada, por se tratar duma verdadeira revolução em quase todo os sectores da vida portuguesa, que não cabe agora e aqui tratar, mas em breve enumeração referirei:
reindustrialização do país, para produtos para a exportação, mas também para o mercado interno; Reforma Agrária na perspectiva agro-industrial; regulação da actividade da banca a nível Nacional e lutar para o mesmo objectivo a nível Europeu; uma diplomacia activa pela paz e a democracia; combate á corrupção que deve equivaler a 13% do PIB; combate à economia paralela que deve ser 23% do PIB; financiamento adequado da escola púbica e do serviço nacional de saúde com a participação dos cidadãos; atribuição de prioridades aos investimentos públicos produtivos; justiça fiscal; extinção dos paraísos fiscais; alteração das leis para julgamentos rápidos com prisão efectiva dos crimes de colarinho branco, com arrastamento dos bens, produto de acções ilícitas e anulação das transacções desses bens para terceiros esposas, filhos ou outros; criação de uma autoridade administrativa que avalie e suspenda preventiva ou definitivamente dos cargos públicos de nomeação ou eleição os indiciados, e pior os julgados em 1ºinstaãncia por crimes de corrupção no exercício das suas actividades públicas; regulação da actividade da passagem de terrenos com aptidão agrícola a urbana; equacionar uma politica de ordenamento do território que corrija as assimetrias com a obrigação de haver transferências financeiras das zonas mais desenvolvidas para as mais pobres para as desenvolver e não criar um sistema de parasitismo, isto com ou sem regionalização; alteração das leis eleitoras de modo a responsabilizar os deputado perante os eleitores; desenvolvimento do economia social, nomeadamente no apoio aos idosos; melhores politicas de reinserção social , de combate à exclusão e de protecção das crianças vítimas muitas vezes de maus tratos e violência no seio da família; politicas de serviço público das TV que efectivem uma informação plural, o que, está muito longe de acontecer; venda no mercado internacional de equipamentos bélicos ou outros que não sejam necessários à defesa da independência nacional ou ao desenvolvimento do país; indexação dos vencimentos dos gestores públicos ao vencimento do Presidente da República; politicas de defesa do ambiente; mobilização dos cidadãos para actividade de cidadania ao nível local, regional e nacional; abertura da governação aos orçamentos realmente participados pelos deputados e pela cidadania; criação de um ambiente verdadeiramente democrático em que os governos reconheçam que o cidadãos têm o direito a serem informados, e os governos o dever a informarem com verdade sobre as situações que o país vai atravessando no campo económico e social, bem como das causas e de quais os resultados esperados com as medidas que se tomam, referindo a sua calendarização, sendo que a prova de má fé ou mentira na informação deve ser motivo de demissão do governo; uma nova atitude face à União Europeia que exija a que a Alemanha e a França sejam solidárias com países periféricos Etc.
Todas estas politicas podem e devem ser implementadas por verdadeiros patriotas e estadistas com visão de futuro


andrade da silva

Apelo:
PARTLHEM DIVULGUEM AS IDEIAS POR ONDE ANDAM. É preciso trabalhar nas soluções.
Quem estiver de acordo e subscrever o texto que o remeta para o Presidente da República, o governo, a Assembleia da República. Fiz a minha parte. Quem em consciência achar que deve fazer a sua, porque espera.

6 comentários:

Marília Gonçalves disse...

meu amigo, as suas soluções, solucionavam se... estamos com governos ultra capitalistas-selvagens, que sao contra tudo o que lhes tira as alturas em que se quem..; as medidas que preconiza e outras para sair de problemas, não é por desconhecimento destas que as não põe em prática, é pura e simplesmente porque representam o enfraquecimento do poder e isso é que lhes é insuportável. Não são estúpidos, são espertos e maus! Sacrificam o Pais que é sua origem, por uma sede de Poder e mando. o que os inebria é saber que tudo têm nas mãos! e aqui nem se trata do Sócrates ( não bato mais no cegunho) trata-se de um sistema politico, porque a menos que haja uma Revolução, que transforme este estado de coisas actual, pelo Mundo ( a globalização), cada governante eleito, terá exactamente o mesmo procedimento, uns vão apenas saber disfarçar melhor que os outros, pelo menos até ver que caíram em descrédito, depois de vergonha perdida, tudo lhes é permitido ( não se diz que a vergonha é a única coisa que em se perdendo nunca mais se encontra?)
Por isso não tenhamos ilusões; ou o povo se levanta consciente ou as dores de cabeça e o desespero vão prosseguir, cada vez mais fortes, até ao estoiro do desespero, que esse é sempre violento
Mas acho que não são palavras, que vão mudar de imediato este cordato povo num povo lúcido e eficaz
Tudo o que espero é do povo: só ele tem na mão as soluções, dos governantes, nada espero, porque nada há a esperar, de quem envergonha até ao nome que dos seus herdou!
e sei que Revoluções não são os revolucionários que as fazem, mas o povo quando já não pode mais, os revolucionários estão, com suas ideias;mas enquanto o povo não grita o seu potente não, os revolucionários sozinhos nada podem! O povo é que manda que pare o baile ou o deixa prosseguir
Povo em frente por um renovado Abril
pôr em causa o sistema, Adiante! ou não há saída! não esqueçam o que vos digo, um dia vocês, com vosso sofrimento vão acabar por perceber, aquilo que se recusam a ver hoje! nessa altura, será parto com dor, hoje com consciência ainda podia ser feito democraticamente e sem mais aflições, mas vocês têm uma grande capacidade de encaixe... até onde?
Marília Gonçalves

andrade da silva disse...

Marília
Eles sabem, mas a questão está em que muitas pessoas do povo não sabem ou não ligam e nem sequer lhes é dito preto no branco pelos partidos como e o que fazer, fala-se é da ultrapassagem de modelos, numa discussão meramente ideológica que mobiliza pouca gente, porque os outros não acreditam nem nas pessoas e muito menos nas propostas, porque não se fazem acompanhar de casos de sucesso.

As pessoas não são militantes mobilizam-se por programas objectivos e não por bandeiras que não são partilhadas por outros milhares, mas que também sabem, muito bem que não vão fazer revolução nenhuma. Em Portugal foram os militares acompanhados de cidadãos civis que nos últimos 100 anos as realizaram: duas progressistas o 5 de Outubro de 1910 e o 25 de Abril 74 e uma reaccionária o 28 Maio 1926.

Na minha opinião nós sabemos que eles sabem, mas nós também sabemos que eles julgam que o povo não liga ou não sabe, e nós sabemos que eles sabem que só 8% da população se revê na alteração do sistema politico proposto pelo PCP, e nós sabemos que eles sabem que 50% das pessoas não se mexem nem na democracia, nem no que quer seja, logo estão muito, muito tranquilos, portanto é preciso chegar por outros modos ao POVO que não age, nem reage, só porque alguém lhes diz levantai-vos é preciso dizer muito mais, e nomeadamente afastar-se das experiências internacionais falhadas e mesmo criminosas sejam a dos Americanos, seja as das tidos governações progressistas da área do comunismo.

Da minha parte até em movimentos organizados desde 2008, anti-sócrates sempre disse que isso era uma coisa bacoca, logo mantenho a posição de há 3 anos, já agora até influenciei alguns para não fazerem uma manifestação anti-sócrates em 2009, nas vésperas dele ganhar as eleições, como então e contra muita gente disse que era expectável a sua vitória, para o que bastante contribuiu o apoio de Manuel Alegre.
Do meu ponto de vista é possível mobilizar mais pessoas para fazer o que deve ser , porque o mais provável se chegarmos à tragédia é a emergência de um regime FASCISTA-SOCIAL e não nenhuma REVOLUÇÂO PROGRESSISTA, esta é por ora, talvez décadas, muitas, um mero sonho.
A realidade portuguesa é que 48% da população ainda se revê nos métodos ditatoriais de Salazar.
A realidade é tremenda, além de que na Europa o cordão sanitário que nos está a ser imposto tem a marca alemã e francesa, e o que é que se passa nesses países ?

Engordam à nossa custa e nenhum sinal da gente progressista é dado contra este estado de coisas , na Europa, o que é um dado esmagador, sabe-se até que a população alemã ainda é defensora de medidas mais duras da Alemanha contra Europa da periferia.

Nesses países o sistema capitalista está muito bem enraizado. È preciso ver o que se passa em Portugal ao nível interno, mas também Europeu e Mundial e nestas dimensões a porca torce o rabo. O quanto mal pior levou 40 anos em Portugal a superar, e foi superado, porque o salazarismo se meteu numa guerra suicidária, económica ( só não foi tão gravosa porque se estava a combater desarmados e desequipados) e socialmente, logo não é o caminho.
abraço
asilva

andrade da silva disse...

Marilia

Que se passa com os trabalhadores franceses, aqui,na Ibéria, nada consta, para além de que estão todos bem?

Quanto ao agora vai ou racha, não penso assim, primeiro vai ser preciso fazer um longo descondicionamento com programas do tipo que proponho, o que não merece o seu grande entusiasmo, mas o mais grave é que este ou outros do género não chegam ao grande Povo, e logo se perdem no vazio, com um grave prejuízo para o Futuro, que para o ser teria de ser uma construção alargada de milhões e milhões de cidadãos e não de muito poucos, é uma inevitabilidade sem se resolver esta questão não Há Futuro.
abraço
asilva

Marília Gonçalves disse...

Companheiro
com os trabalhadores franceses? passa-se o que se passa em todo o lado. Lutas e revindicação face à escalada da mundialização, ao capitalismo selvagem
referi-me aos trabalhadores franceses e aos alemães, porque filhos de países muito ricos e poderosos, mas no então os interesses dos trabalhadores e do povo são os mesmos em todos os países
não é uma solidariedade de crise a que me refiro , mas a solidariedade internacional, porque nos será mais fácil fazer frente unidos que separados, organizados
e quanto à minha expressão, ou vai ou racha, pode rachar para o mau lado, e é o que me preocupa, pode rachar para maiores abusos financeiros e governativos e se eles se organizam com esse fim, porque unidos, eles já estão, pela força de dinheiro e pelos interesses que têm em comum, podemos realmente entrar num período de servidão total, marcado pela perda de direitos a tanto custo conquistados

estou a escrever com grande custo, estou a não ver bem o que escrevo, com uma névoa no olhar
ainda não recuperei da minha síncope
peço pois desculpa se vai algum erro
abraço
Marilia

andrade da silva disse...

Narília

Quanto aos trabalhadores franceses pensei que estivessem em luta dura contra injustiças.

Claro que é uma urgência todos estarem unidos, mas sobretudo Portugueses, Espanhóis, Gregos, Irlandeses, Romenos, os mais pobres, porque no reajustamento do capitalismo em curso admite-se, como sempre, o ESMAGAMENTO de muitos milhões de pessoas até ao limite de segurança dos 30%, preferencialmente 33%, que pode ser o excesso de gente que está a impedir a qualidade de vida dos outros 66%. Prevê-se que com os mecanismos tradicionais o reequilíbrio será obtido num período de 10 a 15 anos e que será conduzido pelas elites actuais e que qualquer elite emergente será absorvida por aquelas.

as melhoras
abraço
asilva

Marília Gonçalves disse...

meu estimado amigo
os trabalhadores franceses lutam não há dúvida disso
mas aqui existe também esse Pais profundo, que contraria todas as formas de inteligência cívica e social. Vê-se um avanço da extrema direita de que nem cito o nome, pois recuso-me a fazer-lhe propaganda. São fases que se atravessam... Mas não esquecer que quando o pai dessa bruxa,esteve a dois dedos de ganhar as eleições assisti com os meus (participamos presentes com muitos outros portugueses) a uma estrondosa manifestação de luta que arrumou o tal partido durante muitos anos. A manifestação paria a seguir ao almoço, chegámos antes e ali se esteve a tarde inteira antes que começasse o desfile!Assisti a gestos de amizade como nunca pensei viver. Ali todos éramos irmãos. Malta que nunca tínhamos visto, chegava ao pé de nós com refrescos, acabados de comprar num café, ali era tudo por todos, ninguém se estava a defender a si apenas!
Acho que para uma destas até de gatas vou. Que coisa extraordinária
Outro dia contarei uma outra manifestação de luta que por aqui também me impressionou muito, organizada por médicos em defesa da Palestina, há mais de vinte anos, muito mais, talvez uns vinte e cinco! Impressionante! Há momentos de Luta que se não esquecem e este é um deles
abraço e todos unidos! todos os que sofrem, sonham e trabalham onde quer que estejam sao irmaos! era bom que se percebesse isto!que todos os que trabalham o percebessem e que a força de cada um se encontraz na unidade da força colectiva, a força de todos!
Marília Gonçalves