sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2010 /2011




EU DE MIM E DO OUTRO.




" amigas, amigos um abraço de amizade unindo-nos pelos tempos, embora, tão silenciosamente: BOAS FESTAS!"




2010:

O tempo voou.
O espaço encurtou-se.

Houve, como sempre,
coisas boas, más
e outras assim, assim.

A Vida Decorreu.
A Morte Ceifou,
de junto do meu corpo,
mas nunca do Meu Coração
e do Meu pensamento,
a Minha Mãe,
a Nossa Mãe.
Ela vive connosco.

Por perto ninguém nasceu.

Chorei e ri pouco,
sorri mais, como sempre.

Procurei novos amigos,
encontrei-os?
Uns sim, outros não.
Outros eram amigos,
mas não sinceramente,
afastaram-se:
Que a boa ventura os ilumine!
Fiquei onde, sempre estou:
Ser de parte inteira.

Lutei, Gritei
fui ouvido,
não fui ouvido ?
Que importa?

Fiz o que podia,
logo a mais não me obrigo.

Segue-se 2011,
mais, ou pior do mesmo,
fora de mim.
Mas será Re-Nascer dentro de mim,
como sempre, até ao fim do meu tempo.

Perder-me-ei,
é o meu destino,
como sempre.

Mas viver até morrer,
é a minha vitória sobre:
as Trevas,
a Intolerância,
a desrazão dos senhores.

Humilde, perdido,
mas, eu, inteiro no:
amor,
na sinceridade,
na lealdade amiga.

Eu de mim
e do outro que me aceitar, assim,
simplesmente eu.




31 dezembro 2010

andrade da silva


5 comentários:

Anónimo disse...

ai o ego...

Sininho (a consciência de peter pan)

Ana Daya disse...

Ando fugida, mas nunca esquecida!
Lamento saber que perdeste a tua mae! Que fiquem so as boas recordacoes do tempo em que as pessoas eram pessoas. Nao tenho uma unica duvida de que fizeste e fazes o que podes!
Li palavras de aceitacao, mas tristes...
Agora em 2011, que este ano nos traga a todos mais generosidade de pensamentos e que todas as racas, religioes, nacoes e os dois sexos se juntem e tenham melhores visoes de paz.
Beijinho e Bom Ano!
Ana Rute

Marília Gonçalves disse...

A dor não é colorida

não tem peso não tem voz

por isso não há medida

pró que trazemos em nós



Marília

Marília Gonçalves disse...

Grita

a escuridão

que trazes dentro de ti

grita

os cálidos dias que não voltam

os pássaros emudecidos que não cantam

as fontes entorpecidas que não correm

as manhãs adormecidas que não nascem

as noites que habitam o teu espanto

os silêncios que te calam a dor

Grita! Grita! Grita:

por esse sol que em ti se está a pôr....

Grita o grito mudo dos dias que não correm

e escuta o eco do silêncio:

os pardais cantam indiferentes

ao teu sofrimento sem luar...

as fontes gorjeiam sóis a saltitar

as noites tropeçam nas estrelas

o eco não captou a tua dor!?

Na estagnação do insuportável

tudo continua à tua volta





Marília

andrade da silva disse...

Caras amigas e cara/o desconhecido

Obrigado pelas vossas palavras.
Ana nunca por mim serás esquecida és uma heroína Portuguesa da nossa querida diáspora pelas Arábias, como a Marília é tua companheira por terras de França. A ambas e a todas as mulheres ausentes de Portugal um Grande e terno abraço e um beijo.

Amigas respondo com algum atraso, porque por aqui, pela Madeira, a minha internet funciona à velocidade do Caracol. Bom ano.

Leitor anónimo não sei que conversa é essa, a sua, do ego, ou talvez mais propriamente a do self, mas no que a mim me diz respeito sinto-me muito tranquilo, porque o meu não ultrapassa o tamanho das minhas tamancas, exactamente 43, ou se for sapato fechado 42, ou 42.5, além de que não sou nada anónimo, sou real, tenho um nome, sou conhecido e dou um rosto ao que escrevo, o que a uns parecerá ridículo, a alguns espero que algo com sentido, a outros sopro do ego ou self,e a mim a livre opinião de um homem livre que entre anónimos e silenciosos do verbo faz gritos de amor, ódio, indignação, luta e esperança. De qualquer modo não sendo nada anónimo seria de uma estupidez do tamanho do mundo insuflar no meu ego um pozinho do quer que sea, porque completamente inútil, e se muitos adjectivos tenho recebido o de estúpido não conheço no repertório dos que de mim falam de um ou de outro modo.
Obrigado
a silva