quarta-feira, 12 de agosto de 2009

LUA


À Sandra, com um beijo madeirense de sol, mar e
serras.


Há sempre, algures, céu azul,
Onde, brilha o Sol,
Cintilam as Estrelas,
E, com seus raios de prata,
A Lua, nos Inebria.

Os caminheiros –
Uns guerreiros, outros, quiçá negociantes,
E, ainda, outros, muitos outros,
Muitas, e tantas outras, coisas,
Alguns, mesmo, lousas –
Nem sempre olham as constelações,
O caminho é pó, pedra e dor,
Só há tempo para viver e caminhar,
E, por vezes, até, este tempo, nos falta.

Sou um caminheiro, de caminhos mil,
Todavia, num dia, deste calendário analógico,
Numa noite de Céu estrelado,
Num beijo de paz,
Num ápice de um encontro
Do mar, do céu e da terra,
Num lugar único,
Numa hora de ditosa inspiração,
Levantei o olhar,
Da poeira dos caminhos.

Ergui a alma e o coração,
Para o alto Monte;
Lancei o olhar para o firmamento,
E, finalmente, vi,
Lá, bem no alto, aquela Lua de Prata,
Diamante puro.

Está longe, mas está sempre presente.
Não é de ninguém. É de si mesma,
Mas é amiga, suave e benfazeja.

Ilumina nas lonjuras do Cosmos:
Um grande passo para um homem,
Um pequeno passo para amizade,
Que vence todas as distâncias.

E, como resplandeces sobre as águas
Deste imenso mar salgado!
Oh Lua!


Da Terra, e desta ilha
De penhascos, verdes e cheiros,
Envio-te um beijo madeirense de Sol, Mar e Serras.

Oh Lua!

João


PS: Reconheço toda a beleza deste computador, mas a minha antiguidade inclina-me por uma

velha predilecção pelo bloquinho de notas A6.

Li com agrado no DN/ Madeira um texto do meu antigo colega de liceu Catanho Fernandes que convidava os leitores a fazerem análises introspectivas, belo conceito, caro Catanho.

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