segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

A QUESTÃO POLÍTICA DA SOBREVIVÊNCIA DA DEMOCRACIA.


Louvam o capitalismo, sem nenhuma "mea culpa", os 20% que cada vez mais enriquecem, enquanto os demais 80% vão perdendo vantagem e, dentro destes, 20% são miseráveis.
Dizem que há um capitalismo selvagem e um capitalismo inventivo, mas não dizem qual o predominante e em qual deles vivemos, nomeadamente em Portugal, percebe-se!

Dizem que vivemos uma crise de valores que, com dor e suor, vai ser superada, mas como e a que preço?

Dizem que os batoteiros vão ser afastados, e os criminosos presos, sabem que mentem, mas dizem estas coisas. Sabem que quem quer recuperar o mundo da crise, são os mesmos políticos, banqueiros e empresários que a provocaram. A excepção, entre nós, será o Sr. Oliveira e Costa que é o pobre de Cristo do capitalismo selvagem, que será sacrificado, todos os outros passarão incólumes, e, assim, teremos, por má sorte, na próxima legislatura o Sr. Eng. Sócrates como 1ºministro , e espante-se que por causa desta crise, cuja base é a imoralidade política que este governo, de modo algum, quis, quer ou quererá combater, e o mesmo se passaria com o partido neo-liberal, seu irmão, o PSD.

Apontam alguns como sinal das virtudes do capitalismo inventivo e ético o que alguns empresários fazem, através das fundações para apoiarem os mais necessitados e a investigação. Todavia estes são as honrosas excepções, porque a regra será fazerem circular o dinheiro nos offshores, cancro e marca de água do capitalismo dominante que os alimenta e vai manter para além da crise, como centros da prática de crimes, de acordo com a denúncia do próprio Presidente do Supremo Tribunal de Justiça.

Seja como for, na minha opinião, a questão política, para a sobrevivência da democracia é a defesa da liberdade, da justiça social, da fraternidade, do mérito com novas lideranças políticas e novos políticos, com valores e cultura, que conheçam a história, a ética, pratiquem a moral e tenham lido algumas biografias e, nomeadamente, os autores clássicos e modernos da sociologia Marx, Weber, Tocqueville, Giddens etc.

É preciso também que nasça um nova era de cronistas e de Comunicação Social, independente isenta e com gente não dissimulada.

andrade da silva

2 comentários:

Anónimo disse...

João,
não te estarás a precipitar com essa do OC vir a ser o cordeiro do sacrifício, no altar do capital em chamas? A mim parece-me que estás a dar por adquirido que os da finança, quando montaram o esquema de sugar os parvos que somos, não montaram o esquema paralelo que os apoiará em caso de deslise. Eu duvido. O tal OC ainda sairá, ao fim de alguns anos e após muitos adiamentos e prescrições, com uma indemnização do Estado, isto é, dos parvos que somos. Ou então... aconteceu uma revolução. Um abraço.
luísladeira

andrade da silva disse...

Caro Luis
Bem vindo.
Tens toda a razão, ele nunca conhecerá o rigor da justiça, mas já disseram dele o piorio na Assembleia da República, mimguém o poupou, desde o sr. Dias Loureiro ao sr. Cadilhe fizeram do Sr.Costa, a costa de todos os murmúrios.

O resto pode ser o habitual,o cordeiro pode de novo subir ao reino da Alta Finança,é o mais provável, mas até lá o sr. está na choça, o que não é nada agradável, digo-te e sei do que falo.

abraço
asilva